MAPA DE RISCO
Região segue em nível grave
Na Amfri melhoraram as taxas de mortalidade, registro de novos casos, vacinação e ocupação hospitalar
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A região de Itajaí e BC manteve a avaliação no nível grave (cor laranja) para covid-19 na atualização do mapa de risco pelo governo estadual no sábado. Conforme a avaliação, apenas duas regiões do estado estão em nível gravíssimo (cor vermelha): norte e planalto norte.
A situação geral em Santa Catarina melhorou em relação à semana passada, caindo de nove pra quatro regiões em risco grave e subindo de seis pra 10 regiões em risco alto. Nas cidades da Amfri, houve melhora nas taxas de mortalidade, número de casos da doença, cobertura vacinal e taxa de ocupação hospitalar.
A região recebeu nota 1 (nível moderado) no quesito capacidade de atenção, que avalia a ocupação das UTIs, com taxa de 43% dos leitos intensivos pra covid-19 até sábado. É a melhor avaliação dos últimos meses.
Em Itajaí, o hospital Marieta Konder Bornhausen tinha 35% de ocupação das UTIs, com 52 leitos vagos. Em Balneário Camboriú, o centro Municipal de Covid tinha taxa de 63%, com 19 pacientes internados na UTI e 11 leitos vagos.
As cidades da região também melhoraram no quesito monitoramento, com nota passando de 3 (grave) pra 2 (alto), que aponta queda no registro de novos casos da doença. O avanço da vacinação também é avaliado nesse critério. Conforme dados até sexta-feira, a região tinha 65% da população adulta vacinada com a primeira dose.
Primeira dose
A secretaria Estadual de Saúde começou a distribuir no sábado 151.600 doses adicionais da vacina para 129 municípios completarem a aplicação da primeira dose na população adulta. As cidades estavam com os estoques baixos pra D1 ou já tinham suspendido a aplicação por falta de novas doses, caso de Balneário Camboriú, Navegantes e Itapema.
Para a Amfri, foram enviadas 15.620 doses às 11 cidades da região. Itajaí receberia cinco mil doses e Balneário Camboriú, 3059. Outras 1810 foram pra Camboriú, 1720 pra Navegantes e 1420 pra Itapema. As novas remessas vão servir para os municípios concluírem a aplicação da primeira dose aos adultos.
As cidades seguem recebendo novas doses para aplicação da D2 da remessa de 151.600 doses entregues pelo ministério da Saúde no sábado. No total, o estado recebeu 303.200 doses, todas da Coronavac, que foram divididas pra D1 e D2.
O estado frisou que as novas doses de Coronavac distribuídas aos municípios não fazem parte dos lotes interditados pela Anvisa. “Elas estavam armazenadas para serem utilizadas como segunda dose (D2), e tiveram a distribuição adiantada com a confirmação de envio de novas doses pelo ministério da Saúde”, informa.
Para a vacinação dos adolescentes com idade entre 12 e 17 e a aplicação da dose de reforço nos idosos acima de 70 anos, o estado ainda aguarda o envio de novas doses pelo governo federal. A previsão é que a remessa seja enviada a partir do dia 15 de setembro.
SC suspende distribuição de lote interditado de Coronavac
A diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) confirmou no sábado que o estado recebeu apenas um lote (L202106038) dos 25 lotes da vacina Coronavac, distribuída no Brasil pelo instituto Butantan, que foram interditados cautelarmente pela agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão proibiu a distribuição e uso de lotes que foram envasados em uma fábrica não inspecionada na China.
O estado foi comunicado oficialmente da situação no sábado pela Anvisa. Segundo a Dive, o único lote identificado até sábado em Santa Catarina entre os interditados tinha um total de 2100 doses e foi recebido em 27 de julho. A maior parte das doses não foi distribuída aos municípios.
A Dive informou que, do total do lote, 293 doses foram distribuídas para as centrais Regionais de Rede de Frio de Lages (40 doses), Xanxerê (252 doses) e Chapecó (uma dose). As demais 1807 doses estão armazenadas na central Estadual de Rede de Frio, e não serão distribuídas.
A secretaria Estadual de Saúde aguarda a emissão de uma nota de orientação do ministério da Saúde (MS) sobre o protocolo a ser adotado em relação as pessoas que tenham recebido doses do lote interditado.
O estado receberia ainda na noite de sábado outras 190.600 doses da Coronavac referentes ao lote 202108114H, também entre os interditados pela Anvisa. Conforme a Dive, as vacinas deste lote ficarão armazenadas na central Estadual e não serão distribuídas até o estado receber novas orientações.
“A interdição cautelar é uma medida de precaução realizada pelos órgãos de vigilância sanitária, que visa proteger a saúde da população, quando são identificados indícios de irregularidade no processo de fabricação de um produto”, esclareceu a Dive.
Lotes interditados em “quarentena” de 90 dias
No caso dos lotes interditados pela Anvisa, a agência não identificou nenhum relatório de inspeção da fábrica feito por outras autoridades de saúde. A situação precisa ser regularizada antes da retomada da distribuição.
Segundo a agência, o Butantan informou na sexta-feira que o laboratório chinês Sinovac, fabricante da Coronavac, enviou ao Brasil vacinas envasadas em uma fábrica não inspecionada e não incluída na autorização da Anvisa.
A interdição envolve 25 lotes com mais de 12 milhões de doses. Outros 17 lotes, com 9 milhões de doses, estão em envio ao Brasil. Em nota, o instituto Butantan esclareceu que a medida da Anvisa “não deve causar alarmismo”.
“Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas”, explicou.
A interdição cautelar tem o prazo de 90 dias. Os lotes vão ficar em “quarentena” até que as condições da fábrica sejam avaliadas, bem como eventuais impactos em pessoas já vacinadas com doses dos lotes.