Rosa de Lourdes

Professora é ícone da educação

Aos 87 anos, ela educou gerações de crianças e universitários

O fundador do DIARINHO, advogado Dalmo Vieira (in memorian), foi amigo de infância de dona Rosa (Crédito: Joca Baggio)
O fundador do DIARINHO, advogado Dalmo Vieira (in memorian), foi amigo de infância de dona Rosa (Crédito: Joca Baggio)
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Considerada um dos ícones da educação em Itajaí e Santa Catarina, e hoje símbolo de resistência e resiliência, a professora Rosa de Lourdes Vieira e Silva, de 87 anos, luta bravamente para se reestabelecer de um acidente doméstico que a deixou internada por mais de dois meses em uma unidade de terapia intensiva. Como boa itajaiense que é, ela não desiste jamais. Extremamente religiosa, forte e determinada, ela trabalha para sua reabilitação com a mesma garra e sabedoria com que presidiu a comissão que elaborou e executou o projeto de transformação da Fundação de Ensino do Polo Geoeducacional do Vale do Itajaí (Fepevi) na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), no ano de 1989. Hoje a instituição de ensino é considerada a melhor universidade privada de SC, segundo o ranking do INEP/MEC e está em três rankings internacionais entre as melhores da América Latina.

No entanto, o amor e a dedicação da professora Rosa às salas de aula são bem anteriores à implantação do ensino superior em 1964. Ela ingressou no magistério aos 17 anos, lecionando para o segundo ano primário, corresponde, hoje, à segunda série do Ensino Fundamental], na Itaipava, e não parou mais. Foi professora em Cabeçudas e em diversas outras escolas do município, docente e coordenadora do Ensino Profissional Marítimo da Capitania dos Portos de Santa Catarina e uma das primeiras docentes contratadas para o Curso de Direito da, então, Fepevi. Perdeu a conta de quantos alunos passaram por suas turmas.

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Os estudantes, muitos hoje renomados profissionais nas áreas jurídica, médica, engenharia, magistratura - e alguns que, como ela, dedicam sua vida à educação - jamais esqueceram de sua fisionomia e seus ensinamentos. “É recompensador e emocionante saber que pessoas - que se destacaram e se destacam em diversas áreas - foram meus alunos e alunas. Muitos no ensino fundamental, outros tantos no ensino superior. Isso mostra que nossa trajetória valeu a pena”, diz a mestra.

Na literatura, Rosa de Lourdes tem 14 livros publicados, maior parte deles de contos e memórias, que geralmente têm como pano de fundo a cidade de Itajaí, sua gente, suas peculiaridades. Mas também escreveu romances, reflexões teológicas e manuais da Língua Portuguesa. Também atuou junto a jornais como “A Nação” e “Jornal do Povo”, enchendo a boca para contar que teve artigos publicados no “DIARINHO” e se emociona ao lembrar de sua amizade com o fundador Dalmo Vieira.

“Éramos vizinhos da dona Tide e seu Galdino, os pais do Dalmo, o que propiciou que mantivéssemos uma grande amizade desde a infância. Dalmo foi um grande homem, de muita inteligência e coragem. Divertidíssimo, mas consciente de seu papel na sociedade. Um verdadeiro filho de Itajaí”, lembra Rosa. Assim como ela, ao citar o poeta Marcos Konder Reis: “Ser itajaiense é ser um verdadeiro filho da Pátria”.

“Pátria” de que muito se orgulha. “Ser itajaiense é mais do que apenas ter nascido aqui. É ter força, coragem. É enfrentar obstáculos, renascer após cada enchente, resistir às crises econômicas, políticas. E o município cumpriu e cumpre seu papel perante seus filhos: Itajaí está linda, próspera, com um belo futuro pela frente”.



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