A professora aposentada Olga Dutra Martins tem muita história para contar. Ela trabalhou a vida toda como professora primária no Grupo Escolar Floriano Peixoto, na Vila Operária, em Itajaí, e ainda se emociona quando sai de casa e uma ou outra pessoa atravessa a rua para lhe abraçar e agradecer por tê-la tido como professora.
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Afinal, são mais de 70 anos em Itajaí e uma história de quase 40 anos no magistério. Mas embora ela não tenha nascido na cidade, foi aqui que Olga conheceu seu marido, casou, teve e criou ...
Afinal, são mais de 70 anos em Itajaí e uma história de quase 40 anos no magistério. Mas embora ela não tenha nascido na cidade, foi aqui que Olga conheceu seu marido, casou, teve e criou seus sete filhos. E tem mais uma feliz coincidência: Olga completou 90 anos exatamente uma semana antes de Itajaí comemorar seu 161º aniversário. Já uma de suas netas faz aniversário no mesmo dia da cidade: 15 de junho.
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Apaixonada pela cidade, a professora faz questão de enumerar, cronologicamente os 13 prefeitos [iniciando por Arno Bauer, 1947-1951 aos dias atuais] e faz questão de relacionar as principais realizações no período, assim como não se poupa em criticar, quando necessário. Olga também comemora as conquistas de seus ex-alunos.
“É muito gratificante saber que um bom médico, um pai de família exemplar, um advogado ou político conceituado passaram por mim na escola primária. Geralmente eu identifico pelos nomes, pois as fisionomias mudam muito”, destaca a professora.
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Memórias
A professora Olga também presenciou de perto muitos acontecimentos históricos na cidade: uns bons, outros nem tanto. Ela diz lembrar claramente da noite do incêndio de grandes proporções no navio da Petrobras no terminal às margens do rio Itajaí-açu, no bairro Cordeiros, [em fevereiro de 1965], quando o herói itajaiense Odílio Garcia perdeu a vida para evitar uma grande catástrofe na cidade, assim como se emociona ao relatar a inauguração da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, em 15 de novembro de 1955.
“Também sofri com enchentes, como tantos outros cidadãos, mas aprendi com os itajaienses a buscar forças para lutar, para reconstruir, recomeçar”, diz dona Olga. Essa garra, força de vontade e resiliência que definem o itajaiense para ela. “Desejo neste aniversário que Itajaí continue evoluindo, melhorando e que a cidade conserve por muito tempo essa paz que ainda temos. Sou muito feliz em Itajaí, assim como a grande maioria dos itajaienses”, complementa.