Itajaí
Região de Itajaí muda grau de risco pra covid-19; cidades analisam novas liberações
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A região da Foz do rio Itajaí foi rebaixada na classificação de risco da covid-19, passando da situação grave para de risco alto, conforme atualização feita na sexta-feira pelo governo estadual. Com mudança, algumas atividades da área de eventos, serviços e esportes poderão ser liberadas pelos municípios, incluindo pequenos eventos, feiras, exposições, cinemas, casas noturnas, teatros e museus. Em Itajaí e Balneário Camboriú, as prefeituras analisam novas liberações e medidas, que devem constar em novos decretos. De acordo com o secretário de Turismo Itajaí, Evandro Neiva, algumas restrições mudariam automaticamente, como o aumento da taxa de ocupação em hotéis e pousadas para 80% da capacidade. A liberação de pequenos eventos é estudada pela procuradoria do município. Pela portaria estadual lançada na quinta-feira, nas regiões com risco potencial alto está autorizada a realização de congressos, palestras e afins, com limite de capacidade de 40%. Na quinta-feira, antes da atualização do mapa risco pelo estado, a prefeitura de Itajaí havia prorrogado as restrições na cidade até 7 outubro. Enquanto não sair um novo decreto municipal, as medidas seguem valendo. Em Balneário Camboriú, a prefeitura informou que para cinemas, museus e teatros fica o que já estava valendo pela liberação do estado, sem nenhuma proibição pelo município. As liberações no setor de eventos ainda seriam informadas. De acordo com o governo de Santa Catarina, essa é a melhor condição do estado em risco de contaminação de coronavírus desde junho. São 11 regiões em situação grave e cinco em risco alto, incluindo a região de Itajaí. A única região que subiu na avaliação de risco foi o Extremo Oeste. A queda no número de mortes ajudou o cenário no estado. Conforme a secretaria de Saúde, a mortalidade caiu pela metade em setembro, com 495 mortes, a menor quantidade desde junho. O estado ainda registrou queda nos infectados, mas ressalta que o total deve aumentar devido ao tempo para manifestação de sintomas. Na região de Itajaí, os casos de infecção caíram 27% na última semana, acima da média de 20% no estado. Sindicato reforça pedido pra volta às aulas Com as mudanças no mapa de risco, o sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (Sinepe-SC) reforçou a urgência da retomada as aulas presenciais no estado. Atualmente, as aulas estão suspensas até 12 de outubro. A secretaria estadual de Educação prevê um plano de retomada com a volta gradual pelo ensino médio e apenas com aulas de reforço para alunos mais velhos e com maior dificuldade de aprendizagem. O sindicato defende a retomada sem restrições, incluindo as creches, com base em indicadores científicos que já dariam condições pra volta integral das atividades. “O retorno às aulas pretendido pelo governo do estado, por grupos e regiões, é uma ideia que não tem sustentação alguma. É um retrocesso, baseado em opiniões, sem nenhum lastro científico, e acaba prejudicando as crianças, em especial, as quais são aqueles que mais têm necessidade de retorno imediato à escola”, afirma o professor Marcelo Batista de Sousa, presidente do sindicato. Marcelo considera que o plano do estado vai na contramão do adotado em outros países e não considera o contexto social e econômico do estado, além da situação de saúde. “Porque se for feita a contagem de crianças que têm sido hospitalizadas, ou que estão nas estatísticas da propagação do vírus, esse número é inexpressivo, segundo revelam as autoridades”, completa. Novos critérios avaliam monitoramento a partir dos postinhos Além a diminuição da mortalidade da doença em setembro e queda no número de infectados, a melhora na avaliação de risco está ligada às mudanças nos critérios adotados pela secretaria estadual de Saúde. O governo deixou de considerar na classificação indicadores como isolamento social, capacidade hospitalar e taxa de afastamento de profissionais de saúde, enquanto adotou novos índices mais abrangentes, envolvendo transmissibilidade, monitoramento, mortalidade e capacidade de atenção em saúde. A ideia da mudança, segundo o estado, é ter foco na atenção primária, acompanhando os casos a partir dos postos de saúde, diante de um “novo momento da pandemia”. O secretário estadual de Saúde, André Motta Ribeiro, diz que a mudança aperfeiçoa o enfrentamento à doença e projeta a prevenção de novos surtos pra reduzir ou evitar o impacto de uma segunda onda de casos. “O gerenciamento tira um pouco o foco da ampliação da estrutura hospitalar, que já aumentamos consideravelmente, e passa a levar em conta o diagnóstico rápido, o monitoramento e o rastreamento dos contatos", destaca. A secretária de Saúde de Balneário Camboriú, Leila Crocomo, informa que mudarão as ações nos postos de saúde, com acompanhamento pelas equipes da Saúde da Família onde as pessoas são cadastradas. “Fazendo monitoramento de casos suspeitos e casos pós covid, pra avaliar o agravamento dos casos ou a necessidade de encaminhamento ao atendimento médico”, adianta. Novos indicadores de classificação Evento Sentinela Avalia a taxa de mortalidade por covid-19 como um sinal de alerta pra indicar tanto o agravamento da situação quanto a possibilidade de surtos com casos não identificados pelo sistema de saúde. Transmissibilidade Combina a quantidade de casos ativos em relação à população, considerando a variação entre o número registrado na semana com a anterior. Monitoramento Prevê a capacidade de rastreamento dos casos e contatos, por meio das notificações de casos positivos e negativos, além da capacidade de busca ativa de covid-19 na comunidade para estimar a taxa de pessoas com sintomas gripais. Capacidade de Atenção Considera a disponibilidade de leitos de UTI, seja pra covid ou outras doenças, sendo avaliada quando a taxa superar 60% de ocupação para garantir o atendimento de casos graves. O risco da região vai aumentar à medida que a ocupação hospitalar também se elevar.
 
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