Itajaí
Pavão é extraditado do Paraguai para o Brasil
Autoridades não confirmam em qual penitenciária ele cumprirá a pena
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O traficante Jarvis Chimenes Pavão, 49 anos, foi extraditado do Paraguai para o Brasil na manhã de ontem. Um forte esquema de segurança foi montado pela polícia Nacional do Paraguai para entregar o traficante à polícia Federal e à Interpol. Os órgãos de segurança ainda não informaram em qual penitenciária brasileira ele cumprirá a condenação de 17 anos de prisão, sentença da comarca de Balneário Camboriú por narcotráfico, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Antes de fugir para o Paraguai, Pavão cumpria pena em Santa Catarina. Por isso, uma das possibilidades é que ele seja levado à penitenciária de Florianópolis, mas o departamento de Administração Penal (Deap) não confirmou essa informação. O que se sabe por enquanto é que Pavão foi levado da zona de Grupamento Especializado, na capital Assunção, até à sede do Grupamento Aeronáutica da Força Aérea, em Brasília. Ele seria apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), e só depois começaria a cumprir a pena. A extradição aconteceu um dia após ele cumprir a pena de oito anos no país vizinho. Quando foi preso em 2009, ele tava na fazenda de Carlos Antônio Caballero, o Capilo, um dos líderes do PCC e parceiro de Fernandinho Beira-Mar, na cidade paraguaia de Ybi-Yaú, fronteira com Paranhos, no Mato Grosso do Sul. Narcotraficante Conhecido como barão do pó, Pavão é considerado um dos maiores traficantes de cocaína da América do Sul, aliado do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil que vem fortalecendo a atuação no Paraguai nos últimos anos. Pavão enriqueceu com o tráfico que começou em Itajaí e em Balneário Camboriú, onde passou a morar no início dos anos 1990. Na região, montou uma megaquadrilha que comandava o tráfico também dos morros de Floripa entre 1994 e 2000. Ele mantinha uma empresa de revenda de veículos, mas logo a polícia passou a desconfiar que tava metido com tráfico e com o crime organizado do Paraguai. Em 1994, ele chegou a ser preso em Balneário com 25 quilos de cocaína, sendo liberado depois. Pelo crime, foi condenado a 17 anos e oito meses. Com a condenação, Pavão fugiu para um sítio em Pedro Juan Caballero, cidade do Paraguai na fronteira com Ponta Porã. Subornando a polícia local, o traficante montou um grande esquema de tráfico. Em operação conjunta entre as polícias federais do Paraguai, Brasil e Estados Unidos, o esconderijo de Pavão e Capilo foi descoberto, terminando com a prisão dele em 2009, além de apreensões de armas, drogas e dinheiro.