O Santos conseguiu empatar com o Peñarol, ontem à noite, em Montevidéu, pela primeira partida da final da taça Libertadores. O resultado em 0 a 0 deixou tudo igual pro Peixe pro segundo jogo da final. A única vantagem para o próximo jogo, quarta-feira que vem, no Pacaembu, em Sampa, é o mando de campo. Mas se o jogo terminar empatado, a decisão da Libertadores vai para a prorrogação. Empate no tempo extra leva a decisão pros pênaltis.
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A torcida do Peñarol compareceu em peso na primeira partida da final. O estádio era uma festa só e os uruguaios faziam questão de gritar, xingar e cantar, tudo para intimidar o time brasileiro. ...
A torcida do Peñarol compareceu em peso na primeira partida da final. O estádio era uma festa só e os uruguaios faziam questão de gritar, xingar e cantar, tudo para intimidar o time brasileiro. Mas o Santos não se assustou com a barulhada e começou a partida fazendo boas trocas de passes. Bruno Rodrigo, pra esquentar o clima frio da noite de quarta-feira, logo mandou uma bola na trave. O Peñarol buscava nos contra-ataques intimidar o Santos.
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Neymar não estava em uma noite inspirada e caía por qualquer coisa. De tanto cair de graça, conseguiu levar um cartão amarelo pelas tentativas de simular faltas. O camisa 10 do Peñarol, o argentino Martinuccio, também não tava bem na partida e errava muitos passes. As duas estrelas do jogo ainda tavam bem marcadas, o que dificultava as belas jogadas.
O Santos assustou mais pro finalzinho do primeiro tempo, quando Alessandro mandou um chutaço em cima do goleiro uruguaio. Já o Peñarol, mesmo sem ser avassalador, se aproveitou de bobeiras da zaga santista e no último minuto do primeiro tempo, Darío Rodríguez perdeu a chance de abrir o placar da partida. Ele ficou sozinho na esquerda e tentou encobrir o goleiro santista. A bola subiu demais, pra sorte dos brasileiros.
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Mais 45 minutos de agonia
A segunda etapa da partida começou com um Santos que tava a fim de correr atrás do prejuízo. Com boa troca de passes, os meninos da Vila empurravam o Peñarol pra trás. Porém, o time não conseguiu criar e o jogo começou a ficar morno. Elano, que é considerado o articulador da equipe, não conseguiu acertar uma jogada. Mesmo assim, o time conseguiu criar duas boas chances de gols, que foram desperdiçadas por Zé Eduardo.
A falta de criatividade do Santos fez o time uruguaio criar. Pacheco começou a entrar com velocidade pela direita, assustando o adversário. O Santos recuou e só não levou o gol aos 29 porque Martinuccio atrapalhou Olivera, que deixou a zaga pra trás, mas acabou desperdiçando a jogada.
Dos 30 minutos em diante, o jogo começou a pegar fogo. O time uruguaio pressionava, mas também dava espaço pros contra-ataques santistas. Faltando 15 minutos pra terminar a partida, Muricy Ramalho tirou Elano e colocou Alan Patrick, que não acrescentou nada à partida.
Com o jogo nervoso, o gol era questão de tempo. Aos 40 minutos, o Peñarol marcou. A torcida enlouqueceu e simultaneamente o bandeirinha acabou com a festa. Alonso, de 36 anos, que tinha acabado de entrar, tava impedido quando meteu a bola pro fundo das redes. O impedimento bem marcado aliviou a vida do Santos, que a essa altura do campeonato só queria segurar o empate. Mesmo com três minutos de acréscimo, os times não conseguiram fazer mais nada. O campeão da Libertadores só será conhecido na próxima quarta-feira. A decisão promete!