O comerciante e subprefeito do bairro Gravatá, em Navegantes, Jair José Vavassori, o Vavá, 48 anos, jura de pés juntinhos que não atacou a menor J.P., 13 anos, na quarta-feira à noite. Eu caí de gaiato na história. Parei no mesmo local onde ela parou e me confundiram com um suposto perseguidor. Foi uma coincidência, defendeu-se.
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Vavá explica que voltava pra casa quando, lá pelas 22h, decidiu parar na choperia Estação Beets, na avenida Rio do Sul, pra tomar um colarinho. No caminho pra lá, afirma, chegou a reparar numa garota ...
Vavá explica que voltava pra casa quando, lá pelas 22h, decidiu parar na choperia Estação Beets, na avenida Rio do Sul, pra tomar um colarinho. No caminho pra lá, afirma, chegou a reparar numa garota aparentemente desesperada e pedindo socorro. Coincidentemente, alega Vavá, a pequena J. teria largado a zica em frente à choperia.
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Foi aí, diz o subprefeito, que toda confusão envolvendo seu nome aconteceu. Parei e disseram que tinha um rapaz perseguindo a menina. Perguntaram se era eu. Disse que não. Para não arrumar confusão, saí, conta o subprefeito.
Teria sido um dos clientes da choperia quem fez a confusão, anotando a placa da sua caminhonete e entregando para os pais da menina, diz ainda Vavá. Esse senhor deu a suspeita de que fui eu o autor, mas não tem nada a ver. Apenas parei no mesmo local onde ela parou. Era trajeto, acrescenta.
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O subprefeito do Gravatá prestou depoimento ontem na delegacia e foi liberado. O caso está sendo mantido em sigilo por envolver uma dimenor.
As acusações
O DIARINHO publicou ontem as acusações feitas pela própria garota e por seus pais, o policial militar Marcelo Gonçalves Vieira, 41, e a balconista Ivonete Peres, 40. Pela história deles, J. teria ido comprar um X-salada e na volta Vavá parou sua caminhonete e tentou puxar a garota pra dentro. Ela correu e pediu socorro na choperia. Vavá teria ido atrás e ainda cantado de galo dizendo que era otoridade na city.
Mãe da criança atacada diz que Vavá já teria tentado abusar de outras meninas do Gravatá
Ivonete Peres, mãe de J., informou ontem ao DIARINHO que procurou o conselho Tutelar e denunciou o caso. Ela também disse que conversou com vizinhos e acabou descobrindo outros supostos ataques do subprefeito a dimenores. Duas mulheres me falaram que ele já mexeu com as filhas delas. Ele pediu para dar carona para uma delas, mas a menina não quis. Hoje, essa criança tem 17 anos, relatou.
O subprefeito do Gravatá também nega que tenha atacado outras crianças do bairro. Isso não tem nada a ver. Nunca aconteceu. São informações infundadas.
Vavá é casado há 24 anos e tem uma filha de 18. Foi secretário de Obras no primeiro ano da gestão do prefeito Bob Carlos. Ele é dono de uma farmácia que leva seu nome e fica ao lado da sua casa, na rua José Juvenal Mafra.
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Bob Carlos vai esperar fim da investigações
Através da sua assessoria de imprensa, o prefeito Roberto Carlos de Souza (PSDB) informou ontem que vai esperar o resultado da investigação policial para decidir o que fazer em relação ao subprefeito do Gravatá. Ninguém tá protegendo ninguém, mas é preciso ver o que realmente aconteceu, disse a jornalista Vânia Voltolini, secretária de Comunicação da prefa dengo-dengo.