O pessoal da Kowalsky Indústria e Comércio de Pescados, que fica na rua César Augusto Dalçoquio, no bairro Salseiros, em Itajaí, levou mó cagaço na noite de domingo. Uma traineira, que captura sardinha e estava atracada desde o dia 11 de julho, pegou fogo por causa de uma pane no transformador da embarcação. Ele teria superaquecido em função da exigência do ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) pra que os barcos mantenham o rastreador ligado, mesmo atracados. O corpo de Bombeiros peixeiro levou duas horas e meia pra controlar as chamas. Ninguém se feriu.
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O empresário Evaldo Kowalsky, um dos proprietário da empresa, lamentou o ocorrido e disse que as chamas destruíram parcialmente a traineira Macedo 5, de 23 metros de comprimento. O lado mais detonado ...
O empresário Evaldo Kowalsky, um dos proprietário da empresa, lamentou o ocorrido e disse que as chamas destruíram parcialmente a traineira Macedo 5, de 23 metros de comprimento. O lado mais detonado foi o esquerdo da embarcação, especialmente na descida pra casa de máquinas. Perdemos alguns equipamentos importantes, como o sonar, a sonda, o radar e uma rádio transmissor. Mas, pelo menos, ninguém se machucou e estão todos bem, conta. Os guardas e operadores de máquina estavam na empresa na hora das chamas, por volta das 22h.
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Evaldo não está muito contente com o MPA e promete reivindicar aos abobrões da pesca, em Brasília, o relaxamento da regrinha que manda deixar o rastreador ligado o tempo todo, em vigor desde 2006. Vamos pedir ao ministério que reveja essa exigência, que é inadequada e traz prejuízos, reclama, dizendo que o seu preju ficará em torno de 300 mil mangos.
Mas o agente de fiscalização do Ibama em Itajaí, Márcio Burgonovo, disse que a culpa não é do ministério, e sim do dono da embarcação. Isto é problema de falta de manutenção ou de cuidados com o barco, lasca.
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Bíblia se salvou
Um fato curioso dentro da embarcação Macedo 5 foi que havia uma bíblia intacta em meio a vários equipamentos torrados pelas chamas. O sargento Carlos Alberto Mafra, dos vermelhinhos peixeiros, diz que foi solicitada ao pessoal da empresa uma perícia, que vai ser feita pelos próprios bombeiros, ainda sem data pra ser realizada. Estamos aguardando nos chamarem, diz. Foram gastos seis mil litros de água pra conter as labaredas.