Tem xunxo. Um morador de Itajaí denunciou pro DIARINHO que tão rolando favorecimentos na organização do bazar beneficente do parque Dom Bosco, que vai rolar nesse finde. Segundo o cara, funcionários do parque tão tendo acesso privilegiado ao material doado pela Receita Federal e deixando só o bagaço da laranja pro povão. O advogado da instituição soltou os cachorros na reportagem e garantiu que tudo é feito da forma mais transparente e primando pela qualidade de vida das crianças e jovens que frequentam o local.
Pro peixeiro denunciante, tá rolando uma baita sacanagem às vésperas do bazar. Enquanto o povão terá que enfrentar filas, pegar senha e ainda comprar com limite, funcionários escolhem a dedo os ...
Pro peixeiro denunciante, tá rolando uma baita sacanagem às vésperas do bazar. Enquanto o povão terá que enfrentar filas, pegar senha e ainda comprar com limite, funcionários escolhem a dedo os materiais que bem entendem e levam pra casa. Eles vão reservar só coisa porcaria pra gente comprar. Enquanto isso, tem funcionário do parque saindo com TV de plasma e outros aparelhos eletrônicos escondidos em carros. Um amigo meu trabalha no parque e me contou isso. Ele mesmo comprou algumas coisas durante a semana, numa boa, lascou o denunciante.
Não teve nenhuma pessoa que levou qualquer coisa do bazar, garantiu o advogado do parque, Darci Cattani Junior. Segundo ele, o acesso ao interior do ginásio, onde estão as mercadorias, é restrito. Somente o pessoal que auxiliou no descarregamento e separação dos bagulhos é que entrou no local. O dotô ainda afirmou que todos os produtos recebidos estarão à venda. Eu quero que provem essa denúncia. Vamos tomar medidas processuais cabíveis. Fazemos esse trabalho voluntário e primamos pela transparência, lascou o dotô. Estima-se que R$ 180 mil sejam arrecadados no finde. O valor será investido na reforma da cozinha do parque.
Como funciona
Pra faturar as mercadorias aprendidas pela alfândega da Receita Federal, entidades sem fins lucrativos precisam fazer um pedido de doação, informando o fim dos produtos e, em caso de venda, a aplicação dos recursos. A instituição contemplada tem que seguir à risca as regras da Receita, sob pena de apreensão das mercadorias.
Confira os não pode da Receita:
Vender pra pessoa jurídica;
vender quantidade que permita comercialização dos produtos, só é permitida pra uso próprio e pessoal;
descumprir as descrições contidas no acordo.
Doação de mercadorias é permitida, desde que abranja o público carente atendido pela instituição.
Qualquer coisa fora disso é irregular, alerta a auditora fiscal e assessora de comunicação Cristiana Larcher. A fiscal aconselha o povão a fazer denúncias quando constatadas irregulares. As pessoas podem ligar, denunciar por carta ou ainda e-mail, como for melhor, informa. O telefone pra contato com a Receita Federal é 3341-0300 e o e-mail, aduanaitajai@receita.fazenda.gov.br.
Três mil senhas começam a ser distribuídas às 8 da matina de sábado. O bazar abre pras compras das 9h às 18h, sem fechar pro almoço. Domingo, será das 9h ao meio-dia. Tudo no ginásio do parque, que fica na rua Brusque, 1333. As compras não podem ultrapassar 700 reales. Os produtos não serão vendidos pra pessoas jurídicas.