Amanhã, 1° de dezembro, é o Dia Mundial de Combate à AIDS e o alerta está ligado na Maravilha do Atlântico. Segundo dados divulgados pelo ministério da Saúde, desde 2008, Balneário Camboriú está entre as primeiras citys de um ranking nacional pra se envergonhar: de incidência de casos de AIDS. A capital catarina do turismo ficou com a 3ª colocação no Brasil, com 77,71 casos da doença pra 100 mil habitantes, no ano passado. Mesmo assim, o secretário de Saúde diz que o município está de parabéns. Por outro lado, Itajaí comemora a 14ª colocação, por causa da diminuição nos casos da doença desde 2007. Além disso, os dados do ministério revelam que a região sul do país é a que apresenta a maior concentração de casos, com 23%, sendo o endereço das 10 primeiras cidades neste ranking maldito.
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Mesmo com a colocação vexatória no ranking, o secretário de Saúde do Balneário, José Roberto Spósito, diz que os crescentes casos de AIDS são justificados pelo número de exames pra detectar a doença ...
Mesmo com a colocação vexatória no ranking, o secretário de Saúde do Balneário, José Roberto Spósito, diz que os crescentes casos de AIDS são justificados pelo número de exames pra detectar a doença. Ele também afirma que está tudo ok na city. A cidade possui hoje cerca de 700 soropositivos tomando coquetel regularmente, e ainda temos vários programas de atenção e prevenção. Sobre o crescimento, em 2009, fazíamos um pouco mais de dois mil exames de busca ativa, e isso passou pra 3,5 mil em 2010. Se fazemos mais exames pra detectar a doença, é claro que vamos encontrar mais casos. É simples, quem procura mais, encontra mais. Então, as cidades com maior número de casos estão de parabéns, porque fazem um bom trabalho de busca dos soropositivos, afirma o bagrão, invertendo a lógica do ranking.
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Em Itajaí, o caminho é inverso. Em 2008, a casa dos peixeiros ocupava a segunda colocação no ranking nacional, mas pulou pra 14ª em dois anos, com 55,80 casos pra 100 mil habitantes. De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica da secretaria de Saúde de Itajaí, Carlos Corrêa, as ações, tanto na prevenção quanto no tratamento da doença, são as principais razões pra queda do número de casos no último ano. Temos um campo amplo de ações: diagnóstico precoce, prevenção e tratamento. Tratamos cerca de 1700 adultos e 100 crianças soropositivos, sendo que boa parte já toma o coquetel para tratar a doença. Além disso, trabalhamos em escolas e outros lugares da cidade. Inclusive, nesta quarta-feira, faremos um evento educativo sobre o Dia Mundial de Combate à AIDS no porto de Itajaí, para os trabalhadores do local, conta Corrêa.
Só quem mora na city
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O diretor ainda explica como funciona o cálculo do número de casos pra cada city. É importante lembrar que esses dados são das pessoas que têm residência na cidade. Se um morador do Paraná fizer o exame em Itajaí, ele vai contar como sendo da cidade de onde veio, e não de Itajaí, conclui. Confira ao lado o ranking maldito da AIDS no Brasil.