Como toda competição esportiva que se preze, as 500 Milhas de Kart não fez feio em relação à presença de público. As duas grandes arquibancadas colocadas pro povão ficaram cheias. Só a arquibancada que ficou do lado de dentro do parque Beto Carrero é que passou a maior parte do tempo com um público meia-boca.
A longa duração da corrida, 12h, fez com que a galera não tivesse pressa de chegar no kartódromo. Quando a turma do Extreme Show mandava ver nas manobras radicais antes da largada, com os pilotos ...
A longa duração da corrida, 12h, fez com que a galera não tivesse pressa de chegar no kartódromo. Quando a turma do Extreme Show mandava ver nas manobras radicais antes da largada, com os pilotos já na pista prontos pra correr, poucas pessoas acompanhavam nas arquibancadas e muita gente ainda estava chegando. Só perto do meio-dia é que as arquibancadas ficaram socadas.
Tinha gente de tudo quanto é tipo apreciando a competição. Grupos de amigos, casais, gente que foi sozinha e, claro, famílias. A criançada se dividia em brincar no espaço entre a arquibancada e a grade ou ficar grudada no aramado pra ver de pertinho os karts passando em alta velocidade.
Na turma da grade estava Lori Afonso Paim de Campos, 52 anos, que levou filha Amanda Amabile, de seis anos, e o sobrinho, Matheus Sérgio, 10. O morador da Penha diz ser fã de automobilismo. Mas vim mais por causa deles, confessou. É uma acontecimento maravilhoso pra cidade, elogiou. Matheus não tirava as mãos da grade e nem os olhos da pista. Tô torcendo pelo Felipe Massa. A pequena Amanda não ficou atrás na empolgação. Tá legal. É a segunda vez que vejo uma corrida. Se tiver outra vou querer vir de novo, garantiu, já pensando no próximo ano.
O papai Jorge Severino, 37, também passou boa parte do tempo perto da grade, com o filho José Carlos, de apenas três anos, no colo. Tô gostando. Já tinha assistido Stock Car, mas kart é a primeira vez. Ele gosta também, garantiu o dengo-dengo, se referindo ao pequeno José Carlos, que ficou envergonhado e não quis papo com a reportagem do DIARINHO.
Andando um pouco pra direita, um pouco pra esquerda e rindo sozinho tava Carlos Alberto Gomes, 57. O também morador da Capital do Marisco parava ao lado de cada um com quem trombava e perguntava: Tu tá torcendo pra quem?. Pra logo depois ele mesmo responder: Tô torcendo pra quem ganhar, e saía rindo.
Seu Carlos era só alegria e simpatia, e mesmo desfalcado de alguns dentes na boca sorria o tempo todo e demonstrava empolgação. Parou ao lado da reportagem pra garantir. Cheguei bem no começo e vou até o final. E lá se foi ele. Um pouco pra cá, um pouco pra lá.