Deve ter uma cabeça de cavalo perdida no convés. O barco da equipe chinesa Sanya abandonou a segunda perna da Volvo Ocean Race, a Regata Volta ao Mundo. A equipe já teve problemas semelhantes quando sofreu danos no casco do barco na largada da primeira perna, em Alicante, na Espanha. O anúncio oficial da segunda desistência rolou ontem, durante a travessia entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
Continua depois da publicidade
O barco dos chinas comandado pelo campeão da Volvo Ocean Race Mike Sanderson teve o estai intermediário (um dos cabos de aço que ajudam a fixar o mastro) quebrado durante o percurso. Para tentar ...
O barco dos chinas comandado pelo campeão da Volvo Ocean Race Mike Sanderson teve o estai intermediário (um dos cabos de aço que ajudam a fixar o mastro) quebrado durante o percurso. Para tentar solucionar a avaria, a tripulação voltou para a ilha de Madagascar, mas a equipe de terra não conseguiu colocar o veleiro de volta ao Oceano Índico.
Continua depois da publicidade
Os chineses chegaram a surpreender os adversários, já que lideravam a travessia com vantagem de mais de 370 quilômetros (200 milhas) sobre o segundo colocado quando o perrengue rolou. A alternativa foi voltar 1.300 quilômetros até a ilha africana.
Estamos chocados. Estávamos liderando com vantagem significativa quando o fato ocorreu. Todo o trabalho foi interrompido e, por isso, todos choraram a bordo, relata o chinês Jiang He, o Tiger.
Continua depois da publicidade
Na lanterninha com apenas quatro pontos, o Sanya se distância do resto do grupo. Ao todo, o trecho até os Emirados Árabes tem 5.430 milhas náuticas (10.060 quilômetros) e o primeiro a chegar à zona de segurança foi Groupama, da França. Os próximos a completar o percurso até a área protegida contra ações de navios piratas foram Puma e o Telefónica. A posição dos veleiros não será informada. O crime é comum na costa da Somália, que faz parte do caminho até o mar árabe.