Itajaí

Turista reclama de esgoto na areia

Segundo ele, restaurante jogava gordura na areia, que escorria para o mar

Imagine você deitadão na areia, pegando um sol e, de repente, olhar para o lado e dar dicara com uma vala de água podre passando do seu lado? Pois foi exatamente esta cena que o corretor de imóveis Ramses Montagna, 25 anos, presenciou no último finde na praia de Laranjeiras, em Balneário Camboriú.

Ele e seu companheiro escolheram uma das praias mais badaladas da city pra levar um casal de tios, que veio do Rio Grande do Sul, para conhecer a região. Depois de umas três horas de diversão, o ...

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Ele e seu companheiro escolheram uma das praias mais badaladas da city pra levar um casal de tios, que veio do Rio Grande do Sul, para conhecer a região. Depois de umas três horas de diversão, o tempo começou a fechar e a praia esvaziou. Lá pelas 17h30, conta Ramses, funcionários do restaurante Quatro Estações, que fica na beira da praia, abriram uma vala na areia e soltaram uma água escura, cheia de gordura. “Se formou um rio de esgoto, com direito a forte correnteza. Ficamos olhando o absurdo de queixo caído”, narra.

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Segundo ele, havia crianças na água se divertindo em meio aos restos de cozinha e dejetos dos banheiros. “Onde estão o poder público e os órgãos de proteção ambiental?”, questiona. Na hora de ir embora, indignado, o rapaz perguntou ao carinha do estacionamento sobre tal absurdo. “Ele respondeu que é normal, pois não há coleta de esgoto e o movimento é muito alto, aí enchem as caixas de coleta e não há para onde ir”.

Diego Swiderski, 22, companheiro de Ramses, conta que até desistiu de pedir comida do restaurante. “Se eles têm coragem de soltar esgoto na frente de todo mundo, imagina como é a cozinha. Fiquei com nojo”, carca.

Restaurante se defende

O restaurante Quatro Estações é um dos mais movimentados na orla da praia de Laranjeiras. O gerente Oreste Matos, 32, desconhece que funcionários jogam gordura na areia. “Em 10 anos que trabalho aqui, sempre fui eu que cuidei do esgoto, por isso tomo o maior cuidado. Não tem como jogar na areia”, diz.

Laranjeiras não possui sistema de coleta e tratamento de esgoto. Por isso, cada um cuida da nojeira que produz. De acordo com Oreste, o Quatro Estações possui duas fossas, uma no calçadão e outra no estacionamento, e duas bombas que mandam o esgoto para três caixas de armazenamento. A cada dois dias, um caminhão limpa-fossa é chamado para retirar a nojeirada acumulada nas caixas.

Mesmo assim, o procedimento é feito sempre bem cedinho, antes da chegada dos banhistas, ou à noite, garante ele. O custo para cada retirada de gordura gira em torno de 300 pilas. Na alta temporada, são necessários dois brutos por dia.

Oreste não acredita na versão dos banhistas, mas tenta se justificar. “O que pode ter acontecido é alguém ter lavado a calçada aqui do lado ou dos fundos e ter escorrido para a areia. Mesmo que as bombas tenham enchido, elas não caem na praia: transbordam no calçadão”, diz. Esse problema também acontece quando chove muito e a água desce até a praia. “Esse problema de esgoto é antigo. A prefeitura não toma previdências. Laranjeiras tá abandonada”, desabafa.

A secretaria do Meio Ambiente de Balneário Camboriú só fiscaliza casos de poluição se receber denúncias. A secretária Nena Amorim garante que fiscais vão bizolharem se o Quatro Estações está mesmo emporcalhando a praia.

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Será que agora vai?

Depois de anos de nojeira, finalmente a prefa da Maravilha do Atlântico vai se mexer pra instalar a rede coletora de esgoto em Laranjeiras e em outras praias agrestes. As obras, que vão contemplar as praias de Taquarinhas, Taquaras, Laranjeiras, Pinho, Estaleirinho e Estaleiro, começaram na semana passada pelo bairro da Barra e serão finalizadas até março de 2015. No total, serão gastos R$ 18 milhões.

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