Dez adultos, conhecidos entre si, fizeram parte de uma pesquisa sobre a imagem e autoimagem. Cada um, durante entrevistas, deveria fazer comentários sobre os outros e sobre si mesmo. A abordagem, em primeiro plano, faria a comparação direta entre autoimagem e avaliações sobre os outros. O recurso metodológico utilizado fora o de análise de discurso [sentido e contextos sobre as condições sociais e o “por que” é dito, de orientação qualitativa] e análise de conteúdo [análise sobre o que é dito ou do conteúdo em si, de orientação quantitativa].
Os resultados se mostraram muito interessantes! A autoimagem [representação mental que se faz sobre si mesmo] resulta da infância [percepção de si mesmo decorrente do que os cuidadores fornecem], da adolescência [comparações com outros], e como adulto [consolidação da imagem de si mesmo], passamos a nos “proteger” em relação aos contextos sociais e os outros. Autoimagem pode passar longe do autoconhecimento, quando fizemos da rotina um culto a si mesmo ou, como artistas, nos “pintamos” de desejos de como gostaríamos de ser e “tentamos afastar” o que somos, como agimos. Arte do desejo de ser distante do que se manifesta em ações, linguagem, autorrepresentações...
Para cada um dos membros do grupo de pesquisa, quando perguntados sobre dificuldades e defeitos de si, a autoimagem conduzira para autoproteção e autopreservação. Quando sobre os outros, a avaliação fora direta, objetiva. De si mesmos se tornaram protetores, enquanto dos outros se comportaram como juízes. A crítica aos outros, no decorrer, se tornara parede para se esconder de si mesmo. O que se falara dos outros era, no fundo, algo sobre si mesmo, labirinto de autoidolatria.
A falta de autoconhecimento e a produção da autoimagem “sedutora” e “protetora”, formara dificuldades sociais e relacionais, coisas a serem “escondidas”, e críticas de si refletida nos ...
Os resultados se mostraram muito interessantes! A autoimagem [representação mental que se faz sobre si mesmo] resulta da infância [percepção de si mesmo decorrente do que os cuidadores fornecem], da adolescência [comparações com outros], e como adulto [consolidação da imagem de si mesmo], passamos a nos “proteger” em relação aos contextos sociais e os outros. Autoimagem pode passar longe do autoconhecimento, quando fizemos da rotina um culto a si mesmo ou, como artistas, nos “pintamos” de desejos de como gostaríamos de ser e “tentamos afastar” o que somos, como agimos. Arte do desejo de ser distante do que se manifesta em ações, linguagem, autorrepresentações...
Para cada um dos membros do grupo de pesquisa, quando perguntados sobre dificuldades e defeitos de si, a autoimagem conduzira para autoproteção e autopreservação. Quando sobre os outros, a avaliação fora direta, objetiva. De si mesmos se tornaram protetores, enquanto dos outros se comportaram como juízes. A crítica aos outros, no decorrer, se tornara parede para se esconder de si mesmo. O que se falara dos outros era, no fundo, algo sobre si mesmo, labirinto de autoidolatria.
A falta de autoconhecimento e a produção da autoimagem “sedutora” e “protetora”, formara dificuldades sociais e relacionais, coisas a serem “escondidas”, e críticas de si refletida nos outros. Ao se criticar terceiros, em boa parte, é sobre si mesmo, tanto no sentido dos parâmetros de crítica, quanto no conteúdo do que se fala. É como visitar uma casa e olhar seus cômodos acomodados que escondem, por trás das tintas, sua própria história.
Para os candidatos e pré-candidatos eleitorais, é extremamente importante saber, em primeiro ato, o que as pessoas representam sobre a imagem de cada concorrente: parâmetros para conteúdo [análise de conteúdo] e sentido do conteúdo [análise de discurso]. Depois, é fundamental se obter o que cada candidato fala de si mesmo [análise de entrevistas, artigos, audiovisuais...]. A consequência imediata é se conhecer e se operar as condições de comportamento do candidato e da recepção de imagem que os eleitores apresentam sobre estes candidatos.
O que se diz, como se diz, porque se diz, para quem se diz... requer a condição de se acreditar sobre si mesmo e sobre os efeitos do que se diz, sem disfarces ou dissimulações. Qualquer deslize gera frestas na representação política. Se não tiver autoconhecimento de suas dificuldades pessoais, fatalmente produzirá falhas e derrapará nas “curvas” de sua própria trajetória: forma de olhar, respiração, contração dos músculos faciais, timbre de voz... tudo isso combinado! É mais fácil viver sabendo-se limitado e falho, crescer em suas dificuldades e autocrítica: a vida e os relacionamentos ficam mais leves!
Mestre em Sociologia Política