A ideia do ex-presidente Jair Bolsonaro de lançar Carlos Bolsonaro ao Senado por SC expõe uma leitura distorcida da realidade política local. Ao ignorar a trajetória, os vínculos e as demandas catarinenses, a proposta soa como oportunismo eleitoral. SC sempre prezou por uma política baseada no vínculo regional e na representatividade legítima. A reação de entidades, como a nota da Fiesc, evidencia que o Estado não aceitará ser a extensão de um projeto familiar: “A voz do Estado em Brasília deve ser constituída na profunda conexão com os catarinenses — e não por imposições externas.” O Grupo ND, um dos mais importantes do setor da comunicação em SC, publicou editorial crítico: “Santa Catarina não é — e jamais será — o curral eleitoral de qualquer liderança política.” A tentativa de transplantar candidaturas sem raízes aqui é um desrespeito à inteligência do eleitor.

Indiciamento

Indiciamento

Se não for pelo bom senso de quem articula a ideia, que a proposta seja abortada ao menos pela ação da Polícia Federal, que indiciou Carlos Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem no inquérito que investiga um suposto esquema de espionagem montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. A ver.

Retorno

A vice-prefeita de Florianópolis, Maryanne Mattos, o secretário de Proteção Civil de Joinville, Paulo Rogério Rigo, além de mais 26 brasileiros seguiram para Amã, na Jordânia, após deixar Israel onde ficaram retidos em um hotel, por conta da guerra contra o Irã. As autoridades participavam de uma imersão em segurança pública e acabaram surpreendidas pelos ataques.

Vergonha

Sem, pelo visto, pauta relevante a discutir (já que o contingenciamento de recursos, feito pelo governo federal parece não entrar em pauta), o Conselho Universitário aprovou relatório duvidoso da Comissão da Verdade e retirou o nome do primeiro reitor, João David Ferreira Lima, do campus da UFSC de Florianópolis. Uma vergonha histórica. Desde a discussão até a decisão.

Grãos

Merece aplauso a iniciativa do governador Jorginho Mello de assinar carta de intenções com o governo do Japão para fortalecer a cooperação nas áreas de agronegócio, segurança alimentar e infraestrutura logística. A ação favorece, por exemplo, o Porto de São Francisco do Sul. O governador quer consolidar SC como hub de abastecimento de grãos ao Japão.