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Altevir Baron é diretor de vendas, com trajetória marcada por liderança, ética e resultados no mercado imobiliário de alto padrão. Apaixonado por comportamento humano e cultura organizacional, escreve semanalmente sobre os bastidores do mundo corporativo. Suas reflexões unem experiência prática, pensamento crítico e olhar humano sobre empresas e pessoas Instagram: @abaronoficia | LinkedIN: altevirbaron

O sucesso e suas armadilhas


(FOTO: IMAGEM GERADA POR INTELIGENCIA ARTIFICIAL)


O sucesso tem um brilho sedutor. Atingir metas, ser reconhecido, subir ao topo — tudo isso parece recompensador. Mas, por trás dos aplausos e dos resultados, escondem-se armadilhas sutis e perigosas. Muitos, ao alcançarem posições de destaque, perdem a essência que os levou até lá. Caem nas ciladas silenciosas da arrogância, da soberba e da cegueira emocional. Tornam-se líderes duros, insensíveis, distantes — confundem autoridade com imposição e cargos de poder com reconhecimento.

O sucesso, mal interpretado, gera uma perigosa sensação de imunidade moral. O ego inflado passa a ditar o ritmo, e a escuta cede lugar ao discurso autoafirmativo da perfeição e do interesse próprio a qualquer custo. Como alerta o filósofo Sêneca, “ninguém é tão grande que não possa se perder em si mesmo”. E é justamente isso que ocorre: perde-se o olhar humano, a humildade, a capacidade de continuar aprendendo.

A falsa ideia de que os resultados justificam qualquer método abre espaço para o egoísmo corporativo. Sustentadas pela ganância, pessoas viram números, relacionamentos se tornam puramente ...

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O sucesso, mal interpretado, gera uma perigosa sensação de imunidade moral. O ego inflado passa a ditar o ritmo, e a escuta cede lugar ao discurso autoafirmativo da perfeição e do interesse próprio a qualquer custo. Como alerta o filósofo Sêneca, “ninguém é tão grande que não possa se perder em si mesmo”. E é justamente isso que ocorre: perde-se o olhar humano, a humildade, a capacidade de continuar aprendendo.

A falsa ideia de que os resultados justificam qualquer método abre espaço para o egoísmo corporativo. Sustentadas pela ganância, pessoas viram números, relacionamentos se tornam puramente ocasionais, descartáveis e ideias que são demonstrações de egoísmo totalitário “eu venci” passam a valer mais que “nós construímos”. Líderes que se desconectam das suas equipes provocando abismos silenciosos, medos e alta rotatividade de profissionais — liderar não é sobre mandar, é sobre inspirar; conectar e unir propósitos individuais tornando coletivos não com frases ou slogans prontos de marketing, mas com exemplos reais e práticos.

A liderança de pessoas aparentemente bem-sucedidas está baseada apenas na força, sufocando talentos e inibindo a produtividade. Quando não há espaço para transparência, feedback, também não há espaço para a formação de um time de qualidade. Quando falta empatia, sobram obediência cega e sem energia. O ambiente de trabalho deixa de ser um campo fértil para se tornar um campo de sobrevivência. “Vamos ver quem aguenta isso tudo”, passa a ser o desafio. Sobreviver ao campo de batalha.

O verdadeiro sucesso é aquele que une, inspira e transforma. É silencioso, generoso, firme sem ser bruto. Tem a cultura do reconhecimento e repartição de conquistas e seus benefícios. Líderes grandiosos são aqueles que não se embriagam com o próprio senso de sucesso; preferem ouvir mais a mandar, reconhecer mais do que se exibir; preferem juntar suas conquistas e compartilhar seus ganhos.

Crescer não é dominar. Crescer é servir, é elevar sua equipe aos patamares do sucesso alcançado. O resto é ilusão temporária e sucesso artificial. Quem lidera com sensibilidade constrói cultura, não apenas metas de trabalho e riquezas materiais. Pense nisso, melhore sempre.


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