A Inteligência Artificial –IA – não canta, não dança, mas certamente rouba a cena quando o assunto é fiscalização tributária! Armadas com algoritmos especializados, as autoridades fiscais estão desbravando um mar de dados para combater a sonegação de impostos.
Quem se assustou com a polêmica do PIX não faz ideia dos mecanismos utilizados pelas ...
Quem se assustou com a polêmica do PIX não faz ideia dos mecanismos utilizados pelas autoridades fiscais.
Casos recentes de “espionagem” da Receita:
Caso 1- Imposto de Renda Pessoa Física
A implementação de tecnologias avançadas na fiscalização tributária já gerou resultados estrondosos. Um exemplo é a operação “Malha Fina”, que utiliza IA para detectar inconsistências nas declarações de imposto de renda, especialmente com relação a despesas médicas deduzidas.
Há também cruzamento de dados na compra e venda de imóveis, pois os tabeliões e Registros de Imóveis são obrigados a informar sobre todas as escrituras realizadas e “denunciam” negócios não declarados.
Caso 2- Contribuintes com múltiplos CNPJs
Em 2024, a Receita Federal identificou um esquema complexo onde um grupo de empresários utilizava múltiplos CNPJs registrados em nomes diferentes para dividir o bolo, digo, o faturamento e, assim, reduzir a carga tributária.
Utilizando tecnologia de big data e inteligência artificial, a Receita cruzou informações de transações financeiras, movimentações bancárias e notas fiscais eletrônicas.
A operação revelou que as empresas estavam relacionadas por meio de transações suspeitas e clientes e fornecedores comuns.
Caso 3: Fraude no Setor de Construção Civil
Em 2023, a Receita Federal, em parceria com a Polícia Federal, deflagrou uma operação para investigar fraudes no setor de construção civil. Utilizando drones para monitorar obras e cruzando dados de movimentações bancárias e fiscais, a Receita identificou empresas que estavam subfaturando serviços e utilizando notas fiscais falsas.
A inteligência artificial está mudando o jogo e revolucionando a forma como os governos combatem a sonegação.
Profissionais e empresas devem ficar ligados e buscar orientação especializada para se adaptar a esse novo ritmo.