Coluna Acontece SC
Por Ewaldo Willerding - ewaldo.willerding@gmail.com
Ewaldo Willerding é jornalista formando pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atua há 36 anos na imprensa de Florianópolis
Ano começa com clima eleitoral antecipado
O primeiro dia de 2025 foi marcado pela posse de prefeitos e pela antecipação do clima eleitoral, visando o pleito de 2026. O primeiro a dar o tom de campanha foi João Rodrigues, empossado para o segundo mandato em Chapecó. Nas redes sociais, anunciou: “2026 começa agora”. João Rodrigues colocou seu nome à disposição do PSD para a corrida ao Palácio D’Agronômica. Ele talvez seja o mais forte adversário do atual governador Jorginho Mello, candidato natural do PL à reeleição, e disparado o favorito à vitória. O governador, inclusive, foi às posses de Peterson Crippa (PP), em Laguna; Carmen Zanotto (Cidadania), em Lages; e Topázio Neto (PSD), em Florianópolis; numa clara demonstração de busca por apoios políticos. A corrida já começou.
Apoio
Jorginho Mello se elegeu em 2022 em chapa pura, com total apoio bolsonarista. Largou atrás e chegou na frente. Venceu Décio Lima (PT) no 2º turno, mas, no 1º turno, superou nomes fortes como o então governador Carlos Moisés (Republicanos), Gean Loureiro (União) e Esperidião Amin (PP), entre outros. Busca, agora, maior apoio, mas pode apostar na chapa pura novamente.
Aliança
João Rodrigues pode ser a pedra no sapato. Nos bastidores, desenha-se chapa com Clésio Salvaro (PSD), de vice; Amin (PP) e Adriano Silva (NOVO), ao Senado, com apoio de Julio Garcia (PSD), presidente da Alesc. Se confirmada, divide fortemente a direita e os bolsonaristas. Cenário semelhante a 2022, mas, talvez, sem chance para a esquerda chegar ao segundo turno.
Esquerda
Décio Lima, que fez a esquerda chegar ao segundo turno em SC, em 2022, pela primeira vez é o candidato natural do PT, com apoio do presidente Lula – o que não significa muito num estado conservador e bolsonarista. Pior: a federalização do Porto de Itajaí, sua terra natal, foi politicamente jogada em sua conta e será usada na campanha. Um nó difícil de ser desatado.
Tucanos
O presidente estadual do PSDB, deputado estadual Marcos Vieira, defende que seu partido tenha candidato ao governo, o que, se confirmado, o tiraria de qualquer composição. O NOVO talvez siga a mesma linha. Enfim, o ano que recém começou certamente será marcado por definições visando 2026. Porém, ao final, tudo tem que ser combinado com os eleitores.