O Marcílio Dias enfrenta o Figueirense nesta terça-feira, às 21h30, em Itajaí, em um jogo decisivo para ambas as equipes. Com os resultados do final de semana, o Marinheiro caiu para a quarta colocação e precisa vencer para garantir a classificação e brigar pela segunda posição na última rodada, contra o Concórdia, e trazer a semifinal de volta para casa. Já o Figueira precisa pontuar para se manter vivo na competição, sob risco de sofrer um vexame semelhante ao do Joinville, que foi eliminado com uma rodada de antecedência nesta Copa Santa Catarina, marcada pelo baixo nível técnico.

A verdade é que o Marcílio Dias se colocou nesta situação de confronto direto contra um Figueira em crise. Pelos adversários enfrentados até agora e pela qualidade do elenco, a equipe rubro-anil já deveria estar em uma posição confortável, brigando ponto a ponto com o Concórdia ou perseguindo o Hercílio Luz. Muitos fatores contribuíram para as atuações e a pontuação abaixo do esperado, mas agora chegou a hora da verdade.

Os jogadores têm tanta responsabilidade quanto o técnico Márcio Coelho, que vem mostrando rodada a rodada que precisa evoluir muito para estar à frente de um clube do porte do Marinheiro. Se Coelho tem dificuldades para organizar e comandar o time, o grupo, experiente, tem capacidade para tomar as rédeas da situação e responder em campo com bons resultados. O time base é o mesmo do Campeonato Catarinense, reforçado por Rony na zaga e a habilidade de Geovany pelos lados. Com o retorno de Gustavo Poffo, o time se aproxima ainda mais da equipe que fez uma excelente campanha no estadual. No entanto, o desempenho em campo é totalmente diferente.

O Marcílio Dias ainda pode lutar pelo título, mas precisa de uma virada de postura, e essa mudança tem que acontecer nesta terça-feira. Se voltar a vacilar, como tem feito em praticamente todos os jogos, o Marinheiro corre o risco de ficar fora da semifinal da Copa SC pela primeira vez desde 2018. Ainda há tempo para recuperar o bom futebol que essa equipe pode apresentar, mas é preciso um esforço muito maior do que vem sendo feito até agora.