O governo de SC comemorou, esta semana, a aprovação de projetos de lei na Alesc que autorizam o estado a contrair dois empréstimos junto ao Bird, no valor total de US$ 420 milhões (aproximadamente R$ 2,4 bilhões). Os recursos serão aplicados em investimentos nas áreas rurais e de pesca, além de melhorias em rodovias. Os projetos de lei foram aprovados com ampla votação, mas chamaram a atenção porque a votação ocorreu um dia após a Secretaria da Fazenda anunciar que, em agosto, a arrecadação do estado somou R$ 4,4 bilhões. Embora não haja críticas diretas aos investimentos, é importante destacar que o governo de Jorginho Mello está endividando o estado em um momento de caixa cheio.

Unidos na crítica

O endividamento do estado conseguiu unir a direita e a esquerda em uma crítica comum. O deputado estadual Matheus Cadorin (Novo) votou contra os empréstimos, não pela operação em si, mas pela falta de debate que envolveu o processo. Segundo Cadorin, o problema principal foi a pressa desnecessária, que impediu uma discussão mais ampla no parlamento.

Outras soluções

“O parlamento é composto por representantes de todas as regiões e setores produtivos de Santa Catarina. A ausência desse debate significou uma perda de oportunidades para que novas ideias e alternativas fossem discutidas. Soluções como Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões poderiam ter sido consideradas”, ressaltou Cadorin.

Juros altos

A deputada Luciane Carminatti (PT) destacou o valor que SC pagará a mais pela dívida. Serão US$ 345 milhões em juros e encargos financeiros, que, na cotação atual de R$ 5,58, elevarão o valor total para R$ 4,27 bilhões. “Somente em juros, os catarinenses terão que pagar quase R$ 2 bilhões a mais”, alertou a deputada.

Mel adulterado

Uma mobilização envolvendo o MPSC, a Polícia Civil e deputados estaduais intensificará o combate à falsificação de mel em Santa Catarina. “Setores estão vendendo mel adulterado, produtos que usam o nome ‘preparado de mel’, mas que não têm nada de mel. Vamos intensificar o combate ao mel falsificado”, avisou o deputado Altair Silva (PP).