O Marcílio Dias encerrou nesta segunda-feira sua campanha no Campeonato Catarinense sub-20, após ser eliminado nos pênaltis pelo Criciúma na semifinal. Jogando dentro do estádio Heriberto Hülse, o Marinheiro mostrou o que foi sua marca durante a competição: um time de muita personalidade e muita vontade dentro de campo. Diante do principal clube do futebol catarinense da atualidade, o Marcílio não se intimidou. Pelo contrário, fez dois jogos muito equilibrados e, depois do 2 a 2 em Itajaí e do 0 a 0 em Criciúma, caiu apenas nos pênaltis pelo placar de 7 a 6. Com isso, o rubro-anil ficou na terceira colocação geral e classificado pela primeira vez para a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Todo o grupo de jogadores e a comissão técnica, capitaneada pelo técnico Cleber Schwenck, encarnaram o espírito do clube, e mesmo com uma estrutura de categorias de base ainda sendo construída, entraram para a história centenária do Marcílio. Deixaram pra trás estruturas muito maiores, em especial de treinamento, e camisas consideradas pesadas no estado. Com apenas três derrotas em 22 jogos, o Marcílio se equiparou ao Criciúma, e a duas empresas, Barra e Hercílio Luz, cujo investimento nas categorias de base é muito maior. Além da campanha que orgulhou o torcedor, o que fica desta equipe é a mostra de que o Marcílio pode, sim, ter uma base forte, sem precisar de parcerias ou terceirizados. No ano passado foi campeão da Copa Santa Catarina sub-17 e neste ano já é o terceiro melhor sub-20 do estado. Aliás, muitos desses jovens subiram de categoria neste ano e terão mais alguns anos para se desenvolver dentro do clube. Com a chegada de Rômulo Coelho no departamento de futebol, o Marcílio Dias deve se organizar e profissionalizar, ampliando suas categorias para sub-15 e sub-13, formando mais atletas ao longo dos anos. O futuro é muito promissor e o resultado dessa garotada do sub-20 é um incentivo importante para a sequência do trabalho.