Ideal Mente
Por Vanessa Tonnet - Vanessatonnet.psi@gmail.com
CRP SC 19625 | Contato: (47) 99190.6989 | Instagram: @vanessatonnet
A importância da comunicação no cuidado
A comunicação é intrínseca ao ser humano, pois vivemos em permanente interação com a realidade que nos cerca e com as outras pessoas. Ela é uma técnica de troca e de compreensão de mensagens entre os indivíduos que partilham suas ideias, pensamentos e propósitos.
A palavra “comunicação” tem a sua origem no Latim COMMUNICATIO, e sua tradução literal seria algo como “tornar comum”, porém foi atribuído o significado de “ato de repartir, dividir, distribuir”. Este termo é derivado de COMMUNIS, que significava “algo compartilhado por vários, público, geral”.
No contexto do cuidado, a comunicação é extremamente relevante para os pacientes e seus familiares: representa atitude, cooperação, sentimento e sensibilidade, sendo instrumento de fortalecimento das relações entre profissionais de saúde e ou cuidadores com quem está doente.
E isso vai além de uma troca de palavras, ela também contempla a escuta atenta, o toque afetivo e o acolhimento por meio de uma comunicação eficaz, clara e honesta – e é uma medida terapêutica comprovadamente eficiente.
Sendo assim, a comunicação torna-se um método fundamental para o cuidado integral e humanizado, capaz de reconhecer e acolher as necessidades do paciente (de forma verbal e não verbal) colocando-o como protagonista do cuidado para que consiga receber os cuidados específicos de acordo com sua doença e seus valores com dignidade.
A comunicação fortalece vínculos e respeita escolhas.
Devemos enxergar o paciente além do seu diagnóstico. Além de um protocolo, de uma série de remédios ou de uma rotina hospitalar. Cada um possui sua história, suas emoções e perspectivas: o cuidar não deve ignorar quem está por trás disso, um ser humano, acima de tudo.
Assim, o papel do cuidador (seja profissional de saúde ou não) não é somente técnico: é sensível, empático e tem compaixão. É mais do que uma relação racional baseada no conhecimento sobre o manejo de uma doença. Envolve aspectos específicos relacionados à doença do paciente e sua história de vida.
Quando se estabelece uma relação de confiança no cuidador, o paciente se sente seguro, acolhido e capaz de tomar as decisões mais adequadas a serem feitas para a vida e para o tratamento.
Quando há um espaço seguro de partilha de medos e anseios (inclusive a respeito da finitude), a travessia pelo tratamento pode ser menos dolorosa. Este é um trabalho humanizado. Ficou com dúvidas, me mande um recado.