Médica que revolucionou o tratamento de distúrbios psíquicos no Brasil (e no mundo) tem poderosa cinebiografia estrelada por Glória Pires
(foto: divulgação)
Um dos pontos fortes do cinema nacional neste século certamente são as cinebiografias. Obras como “Madame Satã” (2002), “2 Filhos de Francisco” (2005), “Elis” (2016) e “Marighella” (2021) demonstram o alcance que esses filmes conseguem no público brasileiro. No longa “Nise: O Coração da Loucura” (2015), Glória Pires interpreta Nise da Silveira, uma médica psiquiatra brasileira que revolucionou o tratamento de distúrbios mentais no Brasil que, na época, adotava uma série de abordagens agressivas como eletrochoques, insulinoterapia e lobotomia. Alagoana, se formou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1926, sendo a única mulher em uma turma de 158 alunos.
O filme se passa no Rio de Janeiro, no início da década de 1950. Nessa época, Nise começava seus trabalhos no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, primeiro hospital desse tipo no Brasil, localizado no subúrbio carioca do Engenho de Dentro. Lá. Nise se depara com os pacientes em situações degradantes, presos em locais insalubres e tratados como se fossem animais selvagens. Independentemente da condição do paciente, todos eram tratados com hostilidade e padronização, já que defendiam que uma forma de tratamento através da violência serviria para todas as situações. Porém, essa não era a linha de Nise, que defendia a utilização de técnicas que viam os pacientes como seres humanos.
Para ocupar o seu espaço dentro desse sistema manicomial, a protagonista precisou lutar muito. Enfrentando o machismo e a descrença de seus colegas de profissão, Nise assume a responsabilidade ...
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O filme se passa no Rio de Janeiro, no início da década de 1950. Nessa época, Nise começava seus trabalhos no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, primeiro hospital desse tipo no Brasil, localizado no subúrbio carioca do Engenho de Dentro. Lá. Nise se depara com os pacientes em situações degradantes, presos em locais insalubres e tratados como se fossem animais selvagens. Independentemente da condição do paciente, todos eram tratados com hostilidade e padronização, já que defendiam que uma forma de tratamento através da violência serviria para todas as situações. Porém, essa não era a linha de Nise, que defendia a utilização de técnicas que viam os pacientes como seres humanos.
Para ocupar o seu espaço dentro desse sistema manicomial, a protagonista precisou lutar muito. Enfrentando o machismo e a descrença de seus colegas de profissão, Nise assume a responsabilidade de organizar, por conta própria, o setor de pacientes esquizofrênicos. A médica substitui a abordagem violenta de antes pela arte. Definido como um método de investigação científica, artística e política, Nise estimulava a socialização entre os pacientes e, através da observação cautelosa, aplicava técnicas de recuperação individual que trouxeram muitos frutos à psiquiatria. “Nise: O Coração da Loucura” está disponível no Star Plus, na Amazon Prime Vídeo, no YouTube e no Google Play.
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