Coluna Fato&Comentário
Por Edison d'Ávila -
Homens de negócios precisam dar um presente a Itajaí
Empresários, analistas econômicos e imprensa são unânimes em afirmar que Itajaí é ótimo ambiente de negócios. A cidade cresce a olhos vistos e sua economia prospera, apesar da indesculpável e trágica situação de agora do Porto, que muito se lastima.
É preciso que se diga que todo esse círculo virtuoso teve início com as políticas públicas municipais do começo dos anos 2000, que incentivaram sobremaneira a instalação de empresas de comércio e de prestação de serviços a transformar Itajaí no maior polo logístico do Estado. Além, da concessão à iniciativa privada da operacionalização do Porto.
Então, o município pôde atingir níveis de desenvolvimento de sua economia, antes inimagináveis, alcançando inclusive o primeiro lugar de seu PIB entre os municípios de Santa Catarina. Até agora, tem Itajaí se mantido num destacado lugar entre as economias catarinenses.
Isso significa que aqui se concentra riqueza de significativa monta. Riqueza que tem permitido investimentos vultosos em diferentes ramos de negócios. Vale referenciar, por exemplo, o notável e rápido desenvolvimento da indústria da construção civil.
Pois, por todo esse clima propício, por toda contribuição das gentes daqui, por todo retorno lucrativo que oportuniza, Itajaí mereceria agora que investidores, empresários, homens de negócios oferecessem à cidade outro benéfico retorno, ou melhor, um presente.
Mas com que presentear a cidade, de maneira benfeitora, agradecida e engrandecedora? É presenteá-la com algo que toque na alma das pessoas e revele todo sentimento e bom gosto de quem presenteia. Então, só pode ser algo que fale das tradições, da memória, da cultura, da vida comunitária de Itajaí.
Há uma obra que se está oferecendo a Itajaí e que preenche as melhores indicações para ser esse presente valioso. Trata-se da belíssima escultura do escultor alemão Ervin Curt Teichmann, chamada “Santa Ceia”, encomendada para a Matriz de Itajaí em 1954, nunca entregue e agora à disposição para ser adquirida.
Será belo presente à comunidade de Itajaí que se aproxima de completar 200 anos!
Seriam os homens de negócios capazes de se agremiar, juntos adquirir tal obra feita para Itajaí e com ela presentear a cidade? Não permitindo, assim, que seja destinado a outrem o que é para ser da cidade.
Se eles têm demonstrado suficiente tino para empreender e lucrar, terão também capacidade de encontrar a maneira para demonstrar sensibilidade e gratidão à cidade.
Ou aos homens de negócios de Itajaí, falta-lhes aquilo que faz toda diferença na pessoa humana de qualidade: ser sensível e grato?