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Coluna Exitus na Política

Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

Queimação no estômago


A passagem de um lugar ou uma condição ou de um estado para outro sempre provoca perturbações. O processo de Transição revela a necessária condição da existência: se transformar. Como um corpo aberto, tendo que absorver o mundo ao seu redor e transformá-lo em energia e se adaptar, em conquista, aos vírus e bactérias, a existência precisa viver em adaptabilidades.

 

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Na Política, os processos de Transição são como um estado de transformações quânticos: mudanças descontínuas entre estados quânticos distintos. Em todos os casos, o caminho da transição e das mudanças tende a levar-se por aperfeiçoamentos e aprendizados. Os corpos que não se adaptam aos percursos de transformação serão eliminados ou colocados em qualificação baixa na espécie. Tendem a não se reproduzir e a se findar.

Quando de sua manifestação, a Transição é como uma cobra em hibernação a digerir o que tenta transformar em energia para sua própria vida. A metamorfose se dá em ambiente úmido, em condições ácidas, com elementos corrosivos que desfazem madeiras e metais. Como um solitário à procura de força vital, as mudanças são intensas na forma, relativas em relação à estrutura e provocantes às novas constelações de hábitos. Formas, estruturas e hábitos geram um outro ambiente, provisoriamente indecifrável.

Aparentemente caótica pela inexistência do caminho e condições a experimentar, a Transição crava no peito, como uma lança segundos antes de penetrar no corpo, um balaio de medos e inseguranças. Contra a lâmina a romper a pele, os apavorados empunham a violência como arma e a derrota como destino. Tendem a não se reproduzir e a se findar.

Na Transição os observadores da História e da vida em sociedade que serão capazes de se afastar dos medos íntimos, dos desejos pessoais e dos interesses indizíveis, para compreender o que ocorre diante de seus olhos e a interpretar os sentidos digestivos das combinações políticas. O recurso para esta conquista é um arranjo de afastamento pessoal em nome de métodos e técnicas impessoais. É por isso que as pessoas se referem “a alguém de fora para ter uma ‘opinião’ isenta, sem envolvimento ‘carnal’ com o processo das coisas que se avolumam diante dos corpos”.

A Transição é lenta e tem o seu próprio tempo de ser e de mudar. O ritmo se põe na velocidade e andamento das partes e fornece o aspecto de conjunto em movimento. Ao contrário do caos, a Transição tem harmonia musical com execução de acordes [mais de uma nota ao mesmo tempo] e melodia [instrumentos que tocam uma nota por vez]. Para o novo a nascer, afligido pelos ácidos e pelas tormentas da corrosão, há de se ter algo para ocupar o lugar que fora a causa da carpidação, dos lamentos e dos medos.

Quem tem medo da Transição ou é envolvido emocionalmente por ela, integra a transformação digestiva da serpente e se encontra como elemento de energia para a própria serpente. Como algo a ser mudado, os alimentos da digestão lançam opiniões, mas não têm argumentos; desprezam a História e se emolduram em seus próprios interesses mesquinhos; são incapazes de observar o que ocorre fora de seus corpos porque não provocam em si os afastamentos necessários dos processos que não conseguem entender. Serão, todos, combinados em digestão, consumidos. Tendem a não se reproduzir e a se findar.

A Transição é, talvez, o momento mais propício ao que pretendemos ser como indivíduo, ter como sociedade e sentir como inspiração. É uma ecdise, quando uma cobra se torna grande demais para a pele velha, liberando-a como peça única e inteira. Com isso parasitas são descartados, a velha pele já desgastada é trocada por outra que facilita a locomoção, e a comunicação física e química entre os indivíduos é melhorada. Mas como adaptabilidade é processo, o curso segue seu ritmo. Estamos na digestão, usando energia interna para a transformação necessária.


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