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Não queremos viver numa pátria dominada pela bandidagem


Quem lê os textos políticos que escrevemos desde a época das eleições de 1989 – as primeiras eleições presidenciais democráticas após o fim do regime ditatorial no Brasil –, percebe claramente que somos contra determinado candidato a presidente da República e, obviamente, favoráveis a outro, ainda que possa não ser o destinatário ideal do nosso voto.

 

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Lembramos que o voto é secreto. E você, eleitor, não deve satisfação e não precisa dizer pra ninguém – nem ao cônjuge, nem ao companheiro, nem ao namorado, nem ao familiar, nem ao amigo, nem ao chefe, nem ao patrão, nem a quem quer que seja – em quem votou no primeiro turno nem em quem votará no segundo, principalmente se decidires mudar o voto.

Na sequência do texto, introduzimos, em alguns pontos, trechos da conversa com uma leitora de nossos escritos – que aqui a chamaremos pelo nome fictício de Istela, a qual, por suas palavras, inspirou-nos a redigir estas mal traçadas linhas.

Você, Istela, ao ler o texto intitulado “Quem toma a vacina da democracia não quer a doença da ditadura” – o primeiro de três artigos que escrevemos no mês de setembro próximo passado –, ficou sabendo que este politizado e semiletrado escrevinhador nunca antes na vida havia votado para presidente da República (a primeira vez foi agora, em 2 de outubro).

Você, Istela, é uma pessoa inteligente e estudiosa – que tem defeitos, como todo mundo tem (até o papa), sem exceção –, que lê e procura informar-se sobre variados assuntos, o que muitas pessoas, que preferem o submundo de fakenews e mentiras e de besteiras e bobiças das redes sociais e do WhatsApp, não fazem, inclusive indivíduos formados na universidade.

Você, Istela, falou que trabalha em uma escola pública muito bem conceituada, onde estudam filhos de ex-prefeitos, políticos e pessoas com condições financeiras, que acreditam no serviço público de qualidade. Você, Istela, não citou e tanto faz se a tua escola seja municipal, estadual ou federal. Quiséramos que todas as escolas do Brasil fossem assim, com ensino de excelência.

Entretanto, na contramão da evolução e do progresso, assim como acontece na saúde e em outros serviços públicos que deixam a desejar (sabemos do drama de pessoas que precisam do INSS), a educação pública vem sendo depreciada e sucateada, com cortes drásticos de verbas pelos dois últimos governos da República, ambos, desgraçados e desastrosos.

Nos últimos anos, a situação da educação, tal como se verifica em outros setores governamentais, piorou muito no Brasil governado por um temeroso golpista e pelo sucessor fascista, negacionista, mentiroso, incompetente e irresponsável.

Com cada vez mais escolas e universidades privadas – privatização seria bom para os ricos, não para os pobres –, aumenta a desigualdade no ensino e na educação da população brasileira e, por consequência, amplia a concentração da renda nas mãos de uns poucos privilegiados, sobretudo das classes abastadas e das elites.

Para que o filho do rico também seja ou permaneça rico, ele estuda na escola particular (privada), no Brasil e no exterior, paga com dinheiro tirado (ou roubado) de todos os cidadãos brasileiros e brasileiras, ricos e pobres.

A Lei de Cotas não seria a melhor solução para a democratização do ensino no Brasil. Todos os cidadãos estudantes, brancos e pretos, ricos e pobres, deveriam estudar, em igualdade de condições, numa escola pública de qualidade.

Apesar das dificuldades por que passamos na vida, embora, felizmente, não tenhamos sido miseráveis – e não somos rico (sic) em bens materiais –, consideramo-nos privilegiados, primeiro, por termos sido um dos primeiros da nossa geração familiar a entrar numa faculdade e, segundo, por termos conseguido entrar no ensino superior numa época em que isso era bem mais difícil, principalmente para quem estudou numa escola pública em uma cidade pequena, onde havia algumas carências, principalmente de professores.

Hoje, seria muito mais fácil entrar na faculdade/universidade, que atualmente existe também em algumas pequenas cidades do interior de Santa Catarina e do Brasil. Podemos dizer que quem tem um mínimo de condições, agora, só não faz curso superior se não quiser, pois pode-se entrar na universidade até mesmo sem passar pelo vestibular.

Contudo, obter o diploma de bacharel, que os cidadãos favorecidos e obstinados conseguem – como você, Istela, e este escrevente –, ainda seria um sonho quase impossível de ser concretizado por muita gente, porque, apesar das facilidades de acesso e de financiamento ao estudante, dezenas de milhões de brasileiros pobres e miseráveis estão passando fome e muitos deles não têm condições de colocar os filhos sequer no ensino fundamental, quanto mais na universidade.

Foram os governos progressistas e trabalhistas que mais construíram universidades e escolas técnicas em todos os tempos do Brasil. Foram eles que mais concederam bolsas de estudo para alunos e professores brasileiros estudarem e se aperfeiçoarem, na nossa Pátria e no exterior, e que mais investiram em ciência e tecnologia. Fora tudo o mais de bom que fizeram para a população brasileira.

Mesmo sabedor disso, muita gente desonesta, especialmente da grande imprensa, quase sempre parcial e seletiva, ignora quem foram os governantes que criaram a Lei de Cotas, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), o SISU (Sistema de Seleção Unificada) e o PROUNI (Portal Único de Acesso ao Ensino Superior), e que ampliaram o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil).

Você, Istela, falou que fez/faz questão de votar este ano, embora pudesse justificar a abstenção. E você, Istela, disse também isso: “Meu voto é pra quem põe comida na mesa do povo, quem traz o valor de ser indígena, mulher e negro, com respeito, boa ética e projeto de futuro melhor”.

Foi por esses e outros motivos, que este escrevedor, embora seja contrário ao cabresto do voto obrigatório – que é imposição e não direito –, decidiu tirar (regularizar) o título de eleitor, em maio deste ano, depois de ficar quatro décadas sem o documento eleitoral, para votar pela primeira vez na vida para presidente da República.

Você, Istela, já pensou como ficaria a tua personalidade se o mar sumisse da tua vida? E você, Istela, já imaginou o que aconteceria se o mar desaparecesse de Santa Catarina, do Brasil e do mundo? Se isso acontecesse não haveria mais vida no nosso planeta.

E como ficaria a nossa Nação, a Pátria verde-amarela de nós todos, se a desordem e regresso tomassem o lugar da ordem e progresso, se a desesperança acabasse com a esperança, se o fascismo suplantasse a democracia, se a violência aniquilasse a paz, se a intolerância violentasse a tolerância, se o ódio extirpasse o amor, se a mentira e fakenews decapitassem a verdade e dignidade dos brasileiros e brasileiras de bem?

E você, caro leitor, não vê a desgraça e a violência que impera nas favelas do Rio de Janeiro, nas periferias de São Paulo e em áreas degradadas social e economicamente de tantas outras cidades deste Brasil continental, dominadas por quadrilhas de milicianos e outras facções criminosas, como Comando Vermelho (CV), Primeiro Comando da Capital (PCC), Amigo dos Amigos (ADA), Família do Norte (FDN), Guardiões do Estado (GDE), todas com um arsenal e poder bélico cada vez maior, formado inclusive com armas adquiridas legalmente?

Com a liberação/facilitação da venda de armas e munições no Brasil, cidadãos de bem podem adquirir armas para defesa pessoal, da sua família e do seu patrimônio. E, aproveitando-se dessa facilidade, bandidos sem (e com) passagem policial têm comprado e fornecido armamento, leve e pesado, para as facções supracitadas. E outras pessoas perigosas, inclusive com registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), têm adquirido de tudo quanto é tipo de armas e munições.

O ex-deputado federal, ex-presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e ex-candidato à Presidência da República, Roberto Jefferson (PTB-RJ), que tem registro de CAC, tinha um arsenal em casa. O presidiário bolsonarista – que estava envolvido e denunciou o esquema de corrupção Mensalão – e amigo do peito do atual presidente da República, que jogou granadas e atirou com fuzil em policiais da Polícia Federal é uma pessoa do bem ou um bandido de alta periculosidade? Nosso partido não é esse Brasil. Não é esse o Brasil que queremos!

E você, caro eleitor, não tem noção do desastre e da desgraça que estamos vivenciando no Brasil, por causa do avanço da violência, da mentira e da fakenews? A nossa vida será um inferno se as quadrilhas fascistas e milicianas do Brasil, de Santa Catarina e de outros Estados da Federação não forem derrotadas. É lamentável que o Brasil tenha virado o país da violência, das mentiras e das fakenews.

Então, por que será que tantos eleitores ainda votam em candidatos a presidente da República, a governador, a senador, a deputado federal, estadual e distrital milicianos, bandidos, criminosos, corruptos, ladrões, vigaristas, extremistas, fascistas, nazistas, terroristas, truculentos, vagabundos, ordinários, canalhas, psicopatas, racistas, machistas, misóginos, homofóbicos, diabólicos, tresloucados, cretinos, mitomaníacos?

E por que será que um candidato a presidente da República politicalhão delinquente, malevolente, insolente, intolerante, ignorante, demente está sendo apoiado por atletas (inclusive delinquentes e sonegadores), por artistas, por cantores (sertanejos e outros), por banqueiros, por empresários do comércio, da indústria e do agronegócio, por alguns padres católicos, por muitos pastores evangélicos, pela maioria das imprensas conservadoras, que defendem os seus interesses, não os do povo sofrido e trabalhador

Você, cidadão patriota, consciente e racional, já imaginou o desastre que seria a nossa Santa Catarina e o nosso Brasil dominados e governados, ininterruptamente, por quadrilhas fascistas e milicianas lideradas por um chefículo bandido, criminoso, corrupto, fascista, negacionista, incompetente, irresponsável, mentiroso e fakenews?

Não queremos viver numa pátria dominada pela bandidagem miliciana e fascista. Cidadão eleitor! Pense bem e vote certo! Acorda Brasil!

* Nelson Heinzen -  Economista. Itajaí, SC.


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