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Coluna Fato&Comentário

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Edison d´Ávila é itajaiense, Mestre em História e Museólogo, mestre em Cultura Popular e Memória de Santa Catarina. Membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de SC, da Academia Itajaiense de Letras e da Associação de Amigos do Museu Histórico e Arquivo Público de Itajaí. É autor de livros sobre história regional de Santa Catarina

Aprender português com quem sabia


A chegada dos padres alemães da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, em 1905, para assumir a paróquia de Itajaí fora um marco também para o desenvolvimento da educação na cidade.

Intensamente comprometidos em renovar o catolicismo itajaiense, eles entendiam que uma maneira eficaz de promover tal renovação era educar a infância e a juventude. Daí porque em 1908,  o vigário, Padre José Foxius, fundou o Colégio Paroquial São Luiz.

O novo colégio foi muito bem recebido, já que dispunha de material de ensino importado da Alemanha e seus professores foram os próprios padres da paróquia. Logo de início, ele recebeu grande número de alunos, pois as famílias perceberam que se havia dado passo muito favorável à melhoria da educação na cidade.

Até então, só existiam em Itajaí duas escolas públicas de mestres únicos -  uma masculina, outra feminina – e escolas particulares, também de um único professor para todos os alunos, cuja ...

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Intensamente comprometidos em renovar o catolicismo itajaiense, eles entendiam que uma maneira eficaz de promover tal renovação era educar a infância e a juventude. Daí porque em 1908,  o vigário, Padre José Foxius, fundou o Colégio Paroquial São Luiz.

O novo colégio foi muito bem recebido, já que dispunha de material de ensino importado da Alemanha e seus professores foram os próprios padres da paróquia. Logo de início, ele recebeu grande número de alunos, pois as famílias perceberam que se havia dado passo muito favorável à melhoria da educação na cidade.

Até então, só existiam em Itajaí duas escolas públicas de mestres únicos -  uma masculina, outra feminina – e escolas particulares, também de um único professor para todos os alunos, cuja qualidade de ensino se mostrava acanhada, assim como as públicas. Essas escolas privadas sentiram  perda significativa de matrículas, desde que o Colégio Paroquial começou a funcionar.

O novo estabelecimento de ensino funcionava em duas salas dos fundos da residência paroquial, localizada mais ou menos ao meio da primeira quadra da rua Pedro Ferreira, à altura do atual número 119 dessa via pública. 

Compunham o quadro de professores os três auxiliares do vigário: padres Guilherme Thoneick,  Geraldo Spettmann e José Rogman, todos alemães.  Aos alunos de aulas em português, porque havia aulas em alemão,  coube como professor o padre Guilherme Thoneick.  Na sala de aula espaçosa, tudo era novo e limpo e tinha amplas janelas abertas para o quintal, a permitir excelente ventilação.

Padre Guilherme, de estatura pequena e óculos redondos, modelo de sacerdote e mestre,  logo cairia no agrado dos alunos. Impressionava pela  humildade e modéstia; tinha por seus alunos atenção paternal, paciência e contínua preocupação com o aprendizado deles. Sua voz pausada e firme se expressava em português perfeito, embora fosse alemão nato, há poucos anos chegado ao Brasil. Só quem fosse muito exigente, haveria de distinguir na pronúncia algum sotaque, a revelar sua origem germânica.

Dentre seus muitos alunos, ficaram mais conhecidos Gaspar da Costa Moraes, Juventino Linhares, Genésio Miranda Lins, Irineu Bornhausen. Pois, quando já moço, Gaspar da Costa Moraes foi ao Rio de Janeiro, prestar exames para a Marinha Mercante.  Saiu-se muito bem. Tirou o primeiro lugar na prova de Português. Os examinadores ficaram surpresos pela excelente nota em Português de um catarinense e lhe perguntaram onde aprendera tão bem a Língua Portuguesa. Ele respondeu sem titubear:  Aprendi com um padre alemão!


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