Colunas


Coluna Exitus na Política

Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

Isopor e bigorna


As instituições sociais funcionam como estruturas de uma casa: suportam as pressões e as forças gravitacionais e formam relações equilibradas. Vigas, colunas têm a função de distribuir o peso da construção e dar, por longo tempo, sustentação e segurança em relação a peso, temperatura, tempestades. Na natureza não há improviso e cada átomo está em relação ao conjunto de todas as outras coisas. No reino Natural as coisas são [existem por si] e estão [se relacionam com todas as partes do mundo que lhe é exterior].

 

Bora virar assinante para ler essa e todas as notícias do portal DIARINHO? Usuários cadastrados têm direito a 10 notícias grátis.


Esqueci minha senha




Se você ainda não é cadastrado, faça seu cadastro agora!


 







 





Nas sociedades as estruturas sociais regem, orientam, disciplinam, distinguem as relações entre as pessoas e entre as instituições. Os parâmetros morais da religião, as cargas que a trajetória da história entrega todos os dias, os processos da educação, os regimes de trabalho e produção, dizem o que devemos fazer e o que devemos evitar. Não se vai com qualquer roupa aos ritos religiosos; ainda que as pessoas desconheçam, a história contrai, todos os dias, a forma de existir [somos seres da história e na história]; os materiais, os professores, a “casa de aprendizagem” estão lá e exigem comportamentos regulados por forças imensas que penetram em nosso espírito existencial; o horário de trabalho, o ponto, a tarefa, a capacidade de se relacionar com pessoas muito diferentes é uma prerrogativa de “clima organizacional” e produtividade.

Somos regulados: é fato e condição para vivermos em grupo. Trocamos parte de nossa liberdade original pela proteção das instituições sociais, sempre inevitáveis. Aceitamos, com docilidade que cada um tenha sobre si o mesmo mundo, a mesma organização, os mesmos parâmetros de relacionamento. O “certo social” para todos: seus aplausos e reconhecimentos; o “errado social” para todos: suas condutas de julgamento e punição. Na sociedade as pessoas têm desejos, pensam sobre o futuro, buscam o poder e o prestígio, desejam a morte de semelhantes. Há improvisos, súbitos, impulsos, imprudências.

Em princípio, as formas de regulação social são dadas pela política [tanto como Política de Estado quanto Política Social]. Política é a prima [primeira das horas canônicas] a regular a vida das pessoas e a lhe servir. Por isso um prefeito é o primeiro servidor público e não um astro das redes sociais; é o primeiro servo e não o primeiro comandante. O político deveria [é, deveria] servir aos interesses coletivos, não aos seus próprios.

Eis que em nossa História Política, o político se torna o capitão-mor, a lei, o mando, a veneração, o priore [primeiro entre dois], o prisma [cristal que decompõe a luz]. Na psicopatia da existência humana e das bólides [grande meteorito com ruído e luz quando penetra na atmosfera terrestre] da história, são os eleitores, reis originários das eleições, meros torcedores. Num repente da história, o chefe-eleitor passa a ser súdito, subalterno; e o eleito-servidor torna-se Rei donatário. Contamos nossa História Política da Era Moderna pelos atributos dos Impérios da Idade Média.

A Política do Repente é a produção do improviso proveitoso, do impulso pelo prazer pessoal, dos efeitos gozosos dos recursos públicos [composto como sem dono], dos interesses oportunistas, da ausência de Planos de Futuro. Não é à toa que os Partidos Políticos não têm Programa de País ou Programa de Governo; não é por acaso que a Fidelidade Partidária é concubina da Janela de Transferência. E como um súbito da história surge em Paranoá o Presidencialismo de Coalisão que não consegue nem ser um regime Presidencialista, nem um Estado Parlamentarista.

Habitamos numa casa cuja história da cultura política tem peso de isopor em ideologias e cidadania e de bigorna em personalismo e patrimonialismo. Não há porque adorar presidentes, pelo simples fato que devemos defender a cidadania.


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

Leia mais

Coluna Exitus na Política

Janelas fechadas

Coluna Exitus na Política

Valores políticos e frequência eleitoral

Coluna Exitus na Política

Ética para civilização tecnológica

Coluna Exitus na Política

Era uma vez...

Coluna Exitus na Política

Os superespeciais

Coluna Exitus na Política

O TEMPO DA INDETERMINAÇÃO

Coluna Exitus na Política

Os disfarces da linguagem

Coluna Exitus na Política

Público e privado

Coluna Exitus na Política

SOB DESCONFIANÇA

Coluna Exitus na Política

Curtir a cidadania

Coluna Exitus na Política

A conquista do mundo

Coluna Exitus na Política

Papai noel, você tem esperança

Coluna Exitus na Política

O PLANO, O TEMPO

Coluna Exitus na Política

Você não consegue se esconder de você

Coluna Exitus na Política

Os sapatos, as meias

Coluna Exitus na Política

Plantio, cuidado e colheita

Coluna Exitus na Política

Quem és? Conheço você?

Coluna Exitus na Política

Cardápio para você se alimentar

Coluna Exitus na Política

Leis que precisam ficar longe de você

Coluna Exitus na Política

O prego dói no pé



Blogs

A bordo do esporte

Liga esportiva estudantil desembarca no Paraná

Blog do JC

PSB, PT, PCdoB e PV pexêros, juntos

Blog da Ale Francoise

Cuidado com os olhos

Blog da Jackie

Catarinense na capa da Vogue

Blog do Ton

Amitti Móveis inaugura loja em Balneário Camboriú

Gente & Notícia

Warung reabre famoso pistão, destruído por incêndio, com Vintage Culture em março

Blog Doutor Multas

Como parcelar o IPVA de forma rápida e segura

Blog Clique Diário

Pirâmides Sagradas - Grão Pará SC I

Bastidores

Grupo Risco circula repertório pelo interior do Estado



Entrevistão

Juliana Pavan

"Ter o sobrenome Pavan traz uma responsabilidade muito grande”

Entrevistão Ana Paula Lima

"O presidente Lula vem quando atracar o primeiro navio no porto”

Carlos Chiodini

"Independentemente de governo, de ideologia política, nós temos que colocar o porto para funcionar”

Osmar Teixeira

"A gestão está paralisada. O cenário de Itajaí é grave. Desde a paralisação do Porto até a folha sulfite que falta na unidade de ensino”

TV DIARINHO




Especiais

NA ESTRADA

Melhor hotel do mundo fica em Gramado e vai abrir, também, em Balneário Camboriú

NA ESTRADA COM O DIARINHO

6 lugares imperdíveis para comprinhas, comida boa e diversão em Miami

Elcio Kuhnen

"Camboriú vive uma nova realidade"

140 anos

Cinco curiosidades sobre Camboriú

CAMBORIÚ

R$ 300 milhões vão garantir a criação de sistema de esgoto inédito 



Hoje nas bancas


Folheie o jornal aqui ❯








MAILING LIST

Cadastre-se aqui para receber notícias do DIARINHO por e-mail

Jornal Diarinho© 2024 - Todos os direitos reservados.
Mantido por Hoje.App Marketing e Inovação