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Primeiro os meus...

Publicado 23/12/2024 10:30

 

Além de aprovar o obrigatório projeto orçamentário do governo estadual para o ano que vem, que estima receita e fixa despesas de R$ 52,6 bilhões, o tradicional arrastão de fim de atividades legislativas na Leléia, os deputados trabalharam, ainda mais. 

Escrevinham bonito

Os nossos heróis legislativos estaduais, aprovaram a toque de caixa, rapidinho, uma penca de projetos de outros poderes, como o Tribunal de Contas e do Tribunalão de Justiça, grande parte deles de ”ajustes administrativos internos para melhor funcionamento“, como eles escrevem bonitinho. nas justificativas.

Mais tetas, ops, cargos...

Mas o foco principal da coisa é com relação a ajustes funcionais salariais e de criação de novos cargos. Ou seja, trocando em miúdos, mais dindim para o bolso das ‘zelites’ do funcionalismo público. E, um catatau de cargos. Oh, delícia!

89!

Só do Tribunal de Justiça, por exemplo, entre os projetos aprovados, incluem a criação de cinco cargos efetivos de Assistente Social, 12 cargos efetivos de Analista Contábil-Econômico, 51 cargos efetivos de Analista Jurídico, 10 cargos efetivos de Oficial de Justiça e Avaliador, e 16 cargos efetivos de Analista Administrativo. Quase cem cargos!

Lobby dos bagrões...

Não que não exista a necessidade de alguns ajustes frequentes nestes poderes, nem que outras categorias também necessitem da valorização salarial e funcional constante, como o caso dos delegados de polícia civil que também ganharam valorização salarial e previdenciária em projeto do governo.

Os zotros, são os zotros

Mas o que tem chamado a atenção dos analistas sabichões e observadores de plantão nos bastidores, é que as pequenas ou digamos, menores categorias, raramente, ou quase nunca tem as mesmas valorizações e conquistas frequentes junto ao parlamento estadual. Os deputados fazem cara de paisagem pra esse povo.

Adivinha quem paga a conta?

Ou seja, bagrinhos não tem poder suficiente para fazer o mesmo tipo de pressão e lobby que tem os bagrões, para resumir a coisa. E o pior, são eles, os contribuintes, que pagam a conta dos altos salários. Sina que se repete em nível municipal, estadual e nacional, sabe-se lá até quando.

Porrada de emendas pra 2005

Além da questão corporativista de fora, também tem a interna, segundo os mesmos atentos observadores, já que os deputados, no apagar das luzes no ano legislativo de 2024, foram garantidos mais recursos para as chamadas emendas parlamentares impositivas, aquelas que o governo é obrigado a pagar, via uma PEC do Legislativo que reajustou de 1% para 1.55%, do orçamento estadual,

Quase 300 milhões!

Com isso, nobre leitor do Blog do JC e coluna JotaCê, isso representa a bagatela de mais R$ 275, milhões disponíveis anualmente para dividir entre os 40 deputados. A bancada do governo, liderada atualmente pelo entisicado e bocudo deputado Ivan Naatz (PL), até que tentou pedir o voto contrário, mas foi atropelado pela maioria na aprovação.

Foto (Divulgação) 

 

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