Publicado 04/03/2022 14:16
O presidente do sindicato dos servidores públicos Municipais da Região da Foz do Rio Itajaí (Sindifoz), Francisco Johannsen, o Chico, visitou essa semana a choupana do socadinho escriba, no dia em que tomou posse para um segundo mandato frente ao sindicato. A posse foi na piramidal casa do povo peixeira.
Defender
A visita, lógico, foi pra defender o seu ponto de vista quanto a questão dos professores. Isso que o Sindifoz, em nota pública com direito a arte, chamou o pançudo escriba de “colunista do prefeito”. Chico fala que não é favorável à greve, mas que o movimento de cruzar de braços está mantido. O articulista é contra greve, sempre foi e continua sendo.
Bravata
Chico reconhece que o bendito “piso nacional” foi uma bravata do presidente Jair Bolsonaro (PL), jogando no colo de governadores e prefeitos o pepino pra que descasquem. O sindicalista afirma que o dinheiro do custeio/salários vem através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) e que não sabe qual o motivo do município não espirrar o que os servidores pedem.
Lá e aqui
Chico falou de uma gama de cidades da Santa & Bela Catarina que, em tese, pagariam mais do que Itajaí à professorada. Isso é bonito de falar, pode até servir de argumento, mas cada município tem a sua realidade e cuida da sua situação financeira.
Sempre pagou
O sindicalista Chico, contudo, admite que a city pexêra sempre pagou mais do que o piso nacional aos professores. Engraçado que nunca escutei alguém reclamar que estava ganhando a mais, ou pedindo que baixassem o valor recebidos nos seus contracheques.
Pontuando
A grande verdade é o que a coluna vem colocando desde a semana passada: os números demonstram que os amados (as) mestres percebem mais do que o piso nacional. Além disso, tal situação vem sendo questionada por sua insegurança jurídica. As greves que tem pipocado país afora tem sido consideradas ilegais.
Supera
Vou repetir, o valor do anunciado piso nacional, em Itajaí, supera em mais de mil reais. O piso determinado pelo Bolsonaro é de R$ 3.854,63, mas em Itajaí um professor já arranca na carreira recebendo R$ 4.974,11 inicial pra 40 horas semanais. É o que a coluna já rabiscou há poucos dias, a briga não é por um piso inicial de R$ 3.845,63...
Lá pra cima
Porque se colocar 35% de regência de classe e 20% de complementação de carga horária, o salário inicial fica em R$ 5.960,72, quase que o dobro do que foi anunciado pelo Bolsonaro. Querem que esse seja o salário inicial da categoria. Ah, mais ainda tem o vale alimentação de R$ 532,98. Se incorporar tudo... Os salários vão aos píncaros da lua.
13 mil!
Se contar que tem professor extremamente bem remunerado com salário que beira os 13 mil contos, um mês sim e outro também, ninguém acredita. Querem brigar por um piso, tudo 10. Querem brigar por um piso com mais uma montanha de benefícios para que o piso inicial seja de praticamente seis mil, fica complicado.
Cruzar de braços
Chico jura de pés juntinhos que é contrário ao movimento paredista, que é difícil, sofrido para os professores. Muito mais sofrido é para o cidadão comum, que ganhando pouco, se vira nos trinta pra dar conta do recado e tem que mandar os filhos para a escola e para a creche.
Leva na espinha
O povão leva na espinha quando o setor público cruza os braços. É penalizado duas vezes. Uma por pagar a conta com seus impostos e, também, por não ter a contrapartida da prestação de serviço público...
Aqui embaixo
O cidadão, que banca todo o sistema, não tem estabilidade no emprego, e ganha muito pouco frente aos salários do poder público. E, além dos filhos ficarem fora da sala de aula, correm o risco de perderem o emprego por ter que ficar em casa cuidando da prole.
Amados (as) mestres!
Bobagem essa história de me atacarem, dizendo que não valorizo ou respeito os professores. Valorizo e respeito. Agora não posso concordar com o que não fica transparente, quando se coloca que a briga não é pelo piso nacional inicial, mas, por um piso inicial duas vezes maior.
Foto (Divulgação)
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