Publicado 19/12/2019 15:02
No clima do esforço concentrado de fim de ano, o chamado “limpa pauta “, na leleia, para fechar o ano dos excelentíssimos deputados estaduais, rolou uma reunião tensa na tarde de ontem, quarta-feira (18), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Bate boca Depois de bate-bocas diversos, principalmente entre o deputado João Amin(PP) e o líder do governo na casa do povo estadual , deputado Mauricio Eskudlark (PL), o colegiado votou pelo adiamento para o ano que vem a análise do Projeto de Lei (PL) 431/2019, de autoria do poder executivo, que autoriza o governo estadual do Comandante-bombeiro Carlos Moisés (PSL) a fazer um empréstimo de US$ 344,7 milhões, o equivalente a aproximadamente de R$ 1,5 bilhão pelo câmbio atual, junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). O objetivo do governo é utilizar o recurso para liquidação da dívida externa do Estado, contraída no Bank of America em dezembro de 2012. Apelo pela urgência A proposta tramita em regime de urgência e deverá ser votada em Plenário até o dia 7 de fevereiro. Ela estava na pauta de votações da reunião extraordinária da CCJ desta quarta, mas, a pedido da deputada Ana Campagnolo (PSL), a análise foi adiada para 2020. A relatora da proposta é a deputada bonitona Paulinha da Silva (PDT), que apresentou parecer favorável à tramitação. Esgotamento O líder do governo na Alesc, deputado Mauricio Eskudlark (PL), com base no artigo 221 do Regimento Interno da Assembleia, requereu que o presidente da CCJ colocasse o projeto em votação, tendo em vista o esgotamento do prazo para a análise da matéria, por ela estar em regime de urgência. Briga por prazos Teve início, então, um debate sobre os prazos regimentais para a análise do PL 431/2019. Paulinha, Eskudlark e Luiz Fernando Vampiro (MDB) defenderam a votação, por causa do esgotamento dos prazos. Cheque pré-datado Já João Amin (PP), Ivan Naatz (PV) e Ana Campagnolo (PSL) defenderam mais tempo para análise. Amin protestou contra a decisão de Hobus de colocar o requerimento de Eskudlark em votação. “Nunca vi um pedido de vistas não ser respeitado”, reclamou. “O governador quer pagar uma dívida com cheque pré-datado.” Adiamento O deputado Ivan Naatz (PV) também criticou o empréstimo. Para ele, a operação vai custar R$ 300 milhões a mais para o governo que o empréstimo do Bank of America. O parlamentar pretendia elaborar um voto vista ao projeto. Fevereiro Alertado que o Regimento Interno garantiria à deputada Ana Campagnolo o prazo de mais uma reunião para a elaboração de seu parecer paralelo, o presidente interino da CCJ, deputado Milton Hobus voltou atrás e concedeu o prazo para a parlamentar analise a resposta da Secretaria da Fazenda. Com isso, a votação do projeto polêmico ficou para fevereiro. Troca de farpas Antes do encerramento da reunião, porém, houve uma troca de farpas entre os deputados João Amin e Mauricio Eskudlark relacionadas a pendências de governos estaduais anteriores. Amin considerou que houve certa ofensa ao seu pai, o ex-governador e atual senador Esperidião Amin e respondeu a Eskudlark chamando o de “covarde”. Hospitalizado Após o final da reunião, Mauricio Eskudlark teve pressão alta e sentiu-se mal, chegando a ser internado no Hospital de Caridade. Antes, foi logo atendido pelo deputado Vicente Caropreso (PSDB), que é médico, levado a sala de enfermagem, quando foram constatadas alta pressão arterial e sintomas de problemas cardíacos. Foto (Divulgação)
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Publicado 26/09/2025 18:03