A lógica do umbigo

Depois que o entisicado presidente da piramidal pexêra, Fernando Pegorini (PL), foi instado a cair de cabeça na briga por uma vaga na Leléia, parece que todos os vereadores da piramidal pexêra começaram a ter a mesma ideia. Problema é que pra muitos falta cancha, time e capital político como o mandachuva do legislativo tem em sua bagagem.

A lógica do umbigo

Não quero acreditar nas leituras que alguns perdigueiros da coluna andam fazendo de que as candidaturas a deputado dos vereadores nada mais são do que projetos pessoais para terem visibilidade e se reelegerem com mais facilidade para uma cadeira estofada na piramidal. É pensar apenas com o próprio umbigo sem entender o quanto a falta de um deputado estadual faz mal pra city pexêra.

Deu certo

Os perdigueiros afirmam que na última eleição estadual o falecido Otto da Farmácia (PSD), a Dom Quichata Anna Carolina (PSDB) e o Maurílio Moraes (Progressista) concorreram a uma cadeira na Leléia e, mesmo ficando longe de ganhar, firmaram as suas imagens na mente do povão e tiveram mais facilidades nas suas respectivas reeleições para a câmara de vereadores. Pior que deu certo, né?

Hildinha também

Até a cultural Hilda Deola (PDT), que concorreu a senadora em 2022 sem nenhuma chance de se eleger, conseguiu um upgrade em seus votos para garantir o segundo mandato de vereadora. Isso sem contar o Márcio Dedé (União Brasil), o ex-comunista Marcelo Werner (Republicanos) e o Sancho Pança Osmar Teixeira (PSD), que com expressivas votações em 2022 se projetaram para a majoritária de 2024.

A conta é essa

Óia, comecei a escrevinhar a coluna desacreditando na tese dos perdigueiros que querem ver Itajaí mais uma vez no limbo, mas agora já começo a acreditar que a conta de muitos possa ser essa mesmo. No radar dos pretendentes a atrapalhar a eleição dos candidatos viáveis, só pra aliviar seus projetos pessoais, muitos nomes correm na língua dos perdigueiros.

A lista

Estariam nessa vibe o beato Beto Cunha (Republicanos), que insiste no sonho de uma noite de verão de ser deputado federal (jamais será) e, mais humildes, fingindo querer apenas uma vaguinha na Leléia, o serelepe Cris Fischer (PRD), a própria cultural Hilda Deola (PDT), o sempre candidato a deputado Maurílio Moraes (Progressista), o Pedrão da Celesc (PL) e o boneco Falcon Victor Nascimento (PL).

Prateleira de cima

Sou obrigado a concordar – em partes – com essa teoria maluca do meu umbigo primeiro, mas também reconheço que nomes como o do entisicado Fernando Pegorini e da minha ex-musa BBB Anna Carolina figuram numa prateleira de cima. Os dois têm juízo e consciência de que muitas candidaturas só atrapalham a cidade. Quer dizer, espero que tenham, né? É o mínimo.

Gestão

A administração do prefeito Liba Top, ops, Liba Fronza (PSD), segue dando o que falar do outro lado da vala e em toda a região. Pelo segundo ano consecutivo, Navegantes foi eleita a cidade com o melhor funcionamento da máquina pública em Santa Catarina. A city também conquistou o sétimo lugar na região sul do país e ficou em 10º entre todas as cidades do Brasil.

CLP

O índice faz parte da sexta edição do Ranking de Competitividade dos Municípios, divulgada no final de agosto pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Entre os critérios considerados na avaliação estão o custo da função administrativa e legislativa, qualidade da informação contábil e fiscal, tempo para abertura de empresas, qualificação do servidor e a transparência municipal.

Eficiência

O levantamento se comprova na capacidade da administração navegantina em solucionar as questões do dia a dia com eficiência e agilidade. “Um exemplo é a abertura de empresas: hoje, em poucas horas, é possível liberar um processo que antes levava semanas”, comenta o prefeito Liba.

Destaques

O Centro de Liderança Pública também avalia outros aspectos das administrações. Navega se destacou também em Educação, sendo a cidade de Santa Catarina e de todo o sul do Brasil com maior taxa de atendimento na Educação Infantil, e, no ranking geral, a city apareceu como o 16º município mais competitivo de Santa Catarina, o 43º na região Sul e o 159º do Brasil.

Super Quinto

A disputa por uma vaga de desembargador no Tribunal de Justiça da Santa e Bela anda sendo apelidada pela tchurma do mundo jurídico de “Super Quinto”. A história das disputas mostra que quem vai pro embate mais sanguinário, quase sempre fica no caminho. A lógica dos que chegaram lá foi ter o mínimo de inimigos possível. Mas quem briga muito, quase sempre tá cheio de inimigos, até ocultos.

“A corrupção é muito antiga no Brasil. As contas que o Cabral trocou com os índios já não fechavam” - Luis Fernando Verissimo

Troca de farpas

E na disputa de agora, que vai eleger dentre os advogados inscritos na OAB/SC o novo ‘capa preta’ do Tribunalão, a maior troca de farpas parece estar no cercado das candidaturas do ex-procurador-geral do Estado, Márcio Vicari e do deputado estadual, o bocudo Ivan Naatz (PL). Ambos andam se estranhando e colocando o governador Jorginho Mello (PL) no meio da briga. Ciúme de homem é flórida.

Tem que governar

O que o governador Jorginho Melo menos precisa é entrar na briga pela vaga do Quinto Constitucional e deixar de governar o estado. Trazer o centro administrativo pra disputa é irresponsabilidade com a governabilidade. Isso sem contar o perigo de agregar no colo do governador as inimizades que andam cultivando durante o embate eleitoral de agora.

Pegando fogo

O projeto de lei encaminhado pela prefa de Tijucas, aumentando o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), tá dando o que falar. Tudo porque a facada, digo, cacetada, ops, lascada no lombo deve chegar, em média, a 500% e tem casos em que pode subir em até 2000%.

Contra

Os partidos MDB, Republicanos, PL e Novo já se posicionaram e pediram que os vereadores votem contra a proposta do prefeito. Além disso, a Associação Comercial e Industrial de Tijucas (Acit) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL),igualmente se manifestaram.

De forma gradual

A Associação Comercial e a CDL, concordando com a necessidade de corrigir o IPTU, mas não em cacetada só, e sim de forma gradual e planejada. Do jeito que está o projeto, a população e o setor produtivo serão fortemente impactados.

Espiá lá

Além destas mais do que estraçalhadas linhas que o leitor bate o bago dos zóios por mais de duas décadas, pode acompanhar o socadinho escriba no Blog do JC, no DIARINHO.net. No Instagram: @jcdiarinho e se quiser dar um plá com o articulista, o zapfone é (47) 98842-9084

Baixa remuneração

A baixa remuneração a produtores de arroz na safra em curso levou o deputado Rodrigo Minotto (PDT) a fazer apelos, na tribuna da Leléia, ao Ministério da Agricultura e à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para que garantam ações com a compra da produção para formação de estoques reguladores.

Colapso

Ele destaca que os preços de mercado estão “colados” aos custos de produção, ameaçando a cadeia produtiva da rizicultura, e disse que tem recebido representantes de cooperativas e federações ligadas aos produtores, que alertam para os riscos de colapso na atividade.

Preço justo

O deputado Rodrigo Minotto disse que a saca de 50 quilos iniciou a colheita com remuneração de R$ 65 e já está valendo apenas R$ 58. Em sua opinião, o preço justo deveria estar entre R$ 80 e R$ 85.

Arroz importado

O parlamentar atribui a crise à concorrência de arroz importado, inclusive de países fora do Mercosul, e lembra que a tradicional atividade, em especial na região sul catarinense, pode ser seriamente desestimulada. “O agricultor não busca privilégios, mas justiça. Quer a segurança para quem planta o alimento que chega à mesa do povo brasileiro”, argumenta o deputado.

Ampliar reservas

A solução, aponta Minotto, é ampliar as reservas de estoques reguladores da Conab, que já paga R$ 73 pela saca de arroz. Mas a dificuldade está na garantia de cotas de compra da produção catarinense.

De tirar o sono...

O tema mereceu elogios do deputado José Milton Scheffer (PP), para quem a atual crise pode “levar à falência um número grande de produtores”. Ele lembrou que, em safras passadas, o arroz valia bem mais: a saca chegou a ser comercializada a R$ 120. “Isso está tirando o sono do produtor, mas não é só o produtor que vai perder, mas toda a cadeia do arroz”, ele reforçou.