ITAJAÍ
Casas que vão virar arranha-céu viram abrigo de andarilhos e esconderijo de produtos furtados
Só nesta sexta-feira a PM esteve duas vezes no local
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]




Três casas vazias que vão dar lugar a um novo empreendimento na rua Telêmaco Pereira Liberato estão sendo usadas por ladrões e andarilhos no bairro Fazenda, em Itajaí. Nesta sexta-feira, após denúncias de vizinhos, a Polícia Militar foi chamada duas vezes ao local. Em uma das ações, os policiais encontraram uma bicicleta furtada.
As casas ficam lado a lado. Uma delas abrigava a empresa de vigilância Hoffmann, a outra estava alugada para uma família e a terceira está abandonada há bastante tempo. Todas serão demolidas para dar espaço a um novo empreendimento, que pelo relato dos vizinhos será da Mussi Empreendimentos. Os imóveis ficam entre o edifício Cézzane, da Racitec, e o Lotisa Classic, da Lotisa.
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Na manhã desta sexta-feira, moradores flagraram um grupo invadindo o espaço. A PM foi acionada, mas ao chegar já não encontrou ninguém. No entanto, recuperou uma bicicleta furtada, que foi levada para o batalhão da PM, na rua Felipe Schmidt, no centro da cidade.
À tarde, um casal morador do edifício Firenze viu dois homens, com mochilas e bonés, invadindo novamente o local com duas bicicletas. Câmeras de monitoramento de comércios próximos mostraram que eles chegaram 12h46 e saíram às 12h52 levando apenas uma das bicicletas e um embrulho grande.
A PM foi chamada mais uma vez, mas não conseguiu localizar os suspeitos. A bike também não foi encontrada. A polícia suspeita que as casas estejam servindo como ponto de esconderijo para produtos de furtos e também abrigo noturno para andarilhos.
Uma vizinha relatou que no último sábado deixou uma sacola com remédios pendurada no portão de casa e, em poucos minutos, o objeto foi levado por um ladrão que segurava um saco plástico.
Diante das ocorrências, o comandante da PM de Itajaí, tenente-coronel Ciro Adriano da Silva, determinou reforço nas rondas nessa região do bairro, que fica bem perto da praça da Beira Rio. O comando também ficou de conversar com a construtora para saber detalhes de quando inicia a obra e se a segurança dos imóveis pode ser reforçada.
Além das três casas vazias que ficam lado a lado, há ainda um quarto imóvel vazio na mesma rua, onde já funcionou uma clínica de fisioterapia e que foi totalmente depredado por desconhecidos. O DIARINHO fez contato com a Mussi, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.
Franciele Marcon
Fran Marcon; formada em Jornalismo pela Univali com MBA em Gestão Editorial. Escreve sobre assuntos de Geral, Polícia, Política e é responsável pelas entrevistas do "Diz aí!"