Por Alfa Bile - alfabile@gmail.com
Fotógrafo, poeta e escritor. Autor do livro Lume, suas obras Fine Art já decoram hotéis como Hilton e Mercure. Publicado pela National Geographic e DJI Global @alfabile | @alfabilegaleria
Publicado 11/12/2025 09:08
Para mim, o ato de escrever assemelha-se a uma erupção vulcânica. Não é apenas um registro de palavras, mas uma limpeza da alma. É o momento em que ordeno o caos da minha mente, expurgo o que pesa e encontro leveza para seguir.
Somos feitos de uma paleta complexa de sentimentos, cultivados na vivência diária, lapidados por nossas dores e intensamente gozados em cada momento de beleza. Escrever é a necessidade visceral de expressar tudo isso; é uma eterna terapia, tanto para mim, que deságuo no papel, quanto para vocês, que leem minhas "loucuras" e talvez se encontrem nelas.
O poema de hoje, Primavera Infinita, nasce dessa urgência. Ele fala sobre o querer que não se curva, sobre a resiliência do afeto e sobre a capacidade de renascer, como uma árvore seca que insiste em florescer a cada novo ciclo.
Primavera Infinita
Por Alfa Bile — Itajaí, 7 de dezembro de 2025
Ainda que meus planos pereçam,
meu coração jamais deixará de pulsar por ti.
Nada resiste a este ciclone,
complexo desejo de te querer.
Tua pele suave,
teu cheiro doce,
tuas digitais impressas nos meus dedos.
Já somos um só —
utopia delirante.
E eu sigo.
Te desejar é prova de que vivo.
Sigo em pé,
até meu último suspiro.
A cada giro do sol,
ali estarei.
Como árvore seca que resiste ao tempo
e floresce a cada primavera.
És primavera.
Que a arte continue sendo nossa forma de resistir aos invernos da vida. Se este poema tocou você, lembre-se: a primavera não é apenas uma estação, é um estado de espírito que podemos escolher habitar, mesmo diante das intempéries.
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Publicado 10/12/2025 18:17