A obra de restauro da Casa Burghardt, no centro de Itajaí, ganhou promessa de ser concluída até março de 2026. O projeto tinha prazo de um ano de execução, mas se arrasta desde 2023. A Fundação Cultural de Itajaí reajustou o contrato e prorrogou o prazo pra entrega dos serviços no próximo ano.
Segundo a superintendente das Fundações, Anna Carolina Martins, o projeto está com cerca de 70% concluído e segue com os serviços da etapa final pra entrega. Com a reabertura do local, o casarão ...
Segundo a superintendente das Fundações, Anna Carolina Martins, o projeto está com cerca de 70% concluído e segue com os serviços da etapa final pra entrega. Com a reabertura do local, o casarão voltará à sede da Fundação Cultural de Itajaí, que hoje funciona provisoriamente em prédio ao lado da prefeitura.
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A ordem de serviço para o restauro da Casa Burghardt foi dada em abril de 2023, inicialmente com prazo de 12 meses e valor de R$ 3,9 milhões. Os trabalhos pouco andaram em 2024, avançando só a partir do segundo semestre deste ano, com pagamento de R$ 304 mil do contrato.
O prédio é um dos imóveis tombados como patrimônio histórico de Itajaí, com reconhecimento pela Fundação Catarinense de Cultura, em 2001. O imóvel foi doado para o município em 1996, pela empresa Votorantim, que havia comprado dos antigos donos.
Histórico
A Casa Bughardt foi construída em 1902, em estilo eclético de influência germânica, com o projeto do alemão Reinhold Roenick, a pedido de Harry Hundt, imigrante alemão e comerciante. No início do século 20, August Heinrich Ernest Henry Hundt e Matilde Hundt mudaram-se pro local, que passou a abrigar a “Casa de Louças de Harry Hundt”.
Matilde seguiu morando e tocando os negócios no endereço após a morte de Henry, em 1903, na Alemanha. Em 1910, ela se casou com Nikolau Burghardt, adotando o sobrenome do marido. Após a morte de Matilde, o prédio abrigou o Seares Bar e outros comércios, até ser vendido pro grupo Votorantim.
Já nas mãos do município, em 2020 e 2021, parte do térreo do casarão foi usado como sede da câmara setorial de Artes Visuais, vinculada ao Conselho Municipal de Políticas Culturais, para formação de ateliê coletivo. A casa sediou também a Galeria Municipal de Artes Dinyz Domingos, que deve reabrir no local após o restauro.