POLÍCIA
Acusado de matar médica-veterinária é executivo de estaleiro
Amigos de Laura revelam um relacionamento abusivo
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]

Amigos da médica-veterinária Laura da Silva Ney, de 30 anos, revelam que a jovem vivia um relacionamento abusivo em Navegantes, marcado por ciúme e possessividade, antes de ser morta com dois tiros dentro de casa, no centro da cidade, no dia 27 de setembro. O marido, que é executivo de um estaleiro estrangeiro que tem sede em Navegantes, foi preso na manhã de sexta-feira, acusado do crime. A Polícia Civil ainda não repassou detalhes sobre a prisão e a investigação.
Familiares e amigos têm poucas informações sobre o marido de Laura. Os dois se conheceram no Rio de Janeiro, e ela se mudou para Navegantes com ele em dezembro de 2024.
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"A única informação que nós temos é que ela foi embora com ele no final do ano, a família não era muito a favor, mas ela estava apaixonada e foi morar no sul", contou uma amiga.
Os amigos relatam que Laura vivia um relacionamento abusivo e que o marido tinha ciúme doentio. "Não a deixava ir à igreja, ter contato com amigos, tinha ciúmes até da sombra", conta.
Um dia antes do crime, o casal teve uma discussão feia, e no dia seguinte Laura foi morta. "Aqui ninguém o conhecia. Infelizmente foi pro sul para perder a vida", lamentou a amiga.
No dia em que o corpo de Laura foi encontrado, o marido alegou que a esposa tinha se matado, hipótese já descartada pela investigação.
Laura foi encontrada sem vida dentro de casa por volta das 23h do sábado, 27 de setembro. Vizinhos relataram à Polícia Militar que ouviram dois disparos. Em seguida, o marido disse que encontrou a mulher caída com dois tiros. O Corpo de Bombeiros e o Samu foram acionados e tentaram reanimá-la, mas ela já estava morta.
Natural de São José de Ubá (RJ), Laura morreu exatamente três meses antes de completar 31 anos. O corpo dela foi sepultado na cidade natal. Formada pela Universidade Iguaçu (Unig), ela atuou em Campos dos Goytacazes até dezembro de 2024, quando se mudou para Navegantes com o marido. Aqui ela trabalhava como patologista clínica.
O que diz o estaleiro
O estaleiro informou que não irá se manifestar sobre o caso, já que a investigação está em andamento, mas esclareceu que o homem não é executivo na empresa. Ele trabalha no setor de manutenção de equipamentos.
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Franciele Marcon
Fran Marcon; formada em Jornalismo pela Univali com MBA em Gestão Editorial. Escreve sobre assuntos de Geral, Polícia, Política e é responsável pelas entrevistas do "Diz aí!"