O marido da médica-veterinária Laura da Silva Ney, de 30 anos, acusado de ter cometido o assassinato dela, foi colocado em liberdade neste mês de novembro. Laura foi encontrada morta com dois tiros dentro de casa, no centro de Navegantes, na noite de 27 de setembro. O suspeito, que é gerente de manutenção de um estaleiro estrangeiro com sede na cidade, havia sido preso em outubro.
De acordo com a assessoria do advogado Fabiano Oldoni, a prisão temporária do homem foi revogada pela Justiça em 5 de novembro. “A decisão aconteceu após uma reviravolta nas investigações, onde novos ...
De acordo com a assessoria do advogado Fabiano Oldoni, a prisão temporária do homem foi revogada pela Justiça em 5 de novembro. “A decisão aconteceu após uma reviravolta nas investigações, onde novos elementos confirmam a suspeita de suicídio. O caso, que tramita em segredo de Justiça, segue em investigação”, diz a nota.
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Fabiano Oldoni afirmou que segue acompanhando o caso e colaborando com as autoridades para o total esclarecimento dos fatos e a comprovação da inocência do cliente. O advogado não detalhou quais foram os novos elementos que sustentam a tese de suicídio – que tinha sido descartada quando houve a prisão do companheiro de Laura. A Polícia Civil de Navegantes, nesta terça, ainda não respondeu aos questionamentos do DIARINHO sobre o caso.
Laura foi encontrada morta por volta das 23h, dentro de casa. Vizinhos relataram à Polícia Militar que ouviram dois disparos. Em seguida, o marido informou ter encontrado a esposa caída, ferida por dois tiros. O Corpo de Bombeiros e o Samu foram acionados, mas a médica já estava sem vida.
Amigos da vítima relataram que, um dia antes da morte, o casal teve uma discussão intensa. Eles também revelaram que Laura vivia um relacionamento abusivo, marcado por ciúmes e possessividade. “Não deixava ela ir à igreja, nem ter contato com os amigos. Tinha ciúmes até da sombra”, contou um conhecido.
Laura e o marido se conheceram no Rio de Janeiro. Em dezembro de 2024, ela se mudou para Navegantes com ele. Natural de São José de Ubá (RJ), era formada pela Universidade Iguaçu (Unig) e atuava como patologista clínica. Antes de vir para Santa Catarina, trabalhou em Campos dos Goytacazes.