SANTA CATARINA
Celesc pede o fim da greve pra retomar negociações com funcionários
Empresa diz que última proposta avançou em vários benefícios aos trabalhadores
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Em nota divulgada nesta quarta-feira, a Celesc pede o fim da greve dos eletricitários para retomar as negociações com a categoria. A paralisação estadual começou na segunda-feira e suspendeu o atendimento público das agências regionais, inclusive em Itajaí, que está com as lojas fechadas.
Na terça-feira, a Celesc informou que respondeu ao aviso da Intersindical dos Eletricitários (Intercel) sobre a manutenção da greve após os trabalhadores rejeitarem, em assembleia, a contraproposta da empresa sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/2026 e a reposição salarial.
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“Na resposta, a Celesc solicita o encerramento do movimento e o retorno às atividades para que as negociações possam avançar de forma produtiva e equilibrada, visando à construção de um acordo que contemple de maneira justa os trabalhadores e garanta a qualidade dos serviços prestados à população catarinense”, diz a Celesc.
A empresa reforçou que sempre esteve – e continua – à disposição para o diálogo e para a construção conjunta de soluções que atendam aos interesses da empresa e de seus empregados. A Celesc defende que a última proposta apresentada à categoria já contempla melhorias concretas nos benefícios e nas condições de trabalho.
Entre os avanços estão a ampliação dos valores do vale-alimentação, vale extra no início de 2026, reajuste salarial pelo índice de inflação e atualização dos demais auxílios pelo mesmo índice. “Garantindo, assim, a reposição integral da inflação em todos os direitos do ACT”, destacou a empresa.
A Celesc também reforçou compromissos com a estabilidade do quadro de pessoal, a renovação de benefícios tradicionais e a manutenção de programas de saúde, bem-estar e acessibilidade para todos os empregados.
Adesão em massa
Segundo a Intercel, mais de 90% dos eletricitários entraram em greve em todas as unidades do estado. Apesar dos avanços da proposta da Celesc, a categoria cobra outros direitos. Entre as principais reivindicações estão a correção salarial acima do INPC e ganho real na remuneração, aumento do vale-alimentação e ampliação do anuênio para todos os trabalhadores, inclusive os contratados após 2016.
O anuênio é um adicional pelo tempo de serviço previsto a cada ano. O benefício foi retirado em 2016 pela Celesc para novos contratados. Quem entrou na companhia após o período deixou de receber o reajuste anual de 1%. Hoje, 52% dos trabalhadores não têm o adicional. O sindicato argumenta que isso cria uma injustiça com os colegas que tem a mesma função.
A greve em Santa Catarina chega ao 3º dia nesta quarta-feira, sem prazo pra acabar. O movimento conquistou apoio de diversas entidades, como o Sinte/SC e a CUT/SC, entre outros sindicatos de trabalhadores e de servidores públicos. A categoria deve avaliar a resposta da Celesc pra retomada das negociações.
Serviços online
Com o atendimento público afetado nas lojas espalhadas pelo estado, a Celesc orienta que os clientes usem os serviços disponíveis pelos canais digitais, sem necessidade de deslocamento até as unidades, pelo aplicativo Celesc (iOS e Android), WhatsApp (48) 99860-0067, site www.celesc.com.br ou telefone 0800-048-0120.
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Os clientes também podem utilizar os tótens da Celesc, instalados em locais públicos, com serviços como emissão de segunda via e pagamento de faturas com cartão ou via prix. Consulte os locais dos tótens em www.celesc.com.br/fale-conosco/locais-e-horarios-de-atendimento.
João Batista
João Batista; jornalista no DIARINHO, formado pela Faculdade Ielusc (Joinville), com atuação em midia impressa e jornalismo digital, focado em notícias locais e matérias especiais.