O Beto Carrero World se manifestou nesta quinta-feira sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que obriga o parque a instalar bebedouros gratuitos em número suficiente para atender aos visitantes. Em nota, a direção afirmou que a experiência, o conforto e a segurança do público sempre foram prioridades e que o empreendimento vem acompanhando “as necessidades e transformações da sociedade, assim como as normas sanitárias e de bem-estar”.

A nota ainda acrescenta que “se a sociedade entende essa medida necessária, o exemplo deve ser seguido em todos os lugares, sejam eles públicos ou privados”. A fala pode ser interpretada como uma alfinetada. Ao defender que a medida deveria valer em todo canto, o parque – que vai ter que seguir a determinação, – deu a entender que não é o único a cobrar por um gole de água.

A decisão do STF encerra um processo iniciado em 2019 pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que acusou o parque de prática abusiva ao obrigar visitantes a comprar água durante o passeio. Para o tribunal, negar acesso à água potável gratuita é forma de venda casada e fere o Código de Defesa do Consumidor.

O Beto Carrero tentou argumentar que não existe lei específica sobre bebedouros e chegou a citar riscos de contaminação por vírus e bactérias. Mas o TJSC e o Superior Tribunal de Justiça já tinham entendido que a obrigação decorre da própria lógica do direito básico do consumidor. No Supremo, o ministro Dias Toffoli carimbou a decisão e fechou a porta para novos recursos. Agora, o caso volta ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina para que seja cobrada a execução da decisão.