A procuradora-geral de Justiça de Santa Catarina, Vanessa Wendhausen Cavallazzi, esteve em Itajaí nesta quinta-feira para participar de encontro com promotores da região. Durante a visita, ela concedeu entrevista à imprensa e falou sobre os primeiros 100 dias de gestão. Vanessa ressaltou que sua administração tem como prioridades aproximar o Ministério Público da sociedade, intensificar o combate ao crime organizado e desenvolver ações para enfrentar a violência contra mulheres no estado.
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Vanessa explicou que uma das prioridades iniciais foi permitir que promotores atuem de forma mais próxima da população. “Nós começamos a reaproximar o Ministério Público da sociedade, criando condições ...
Vanessa explicou que uma das prioridades iniciais foi permitir que promotores atuem de forma mais próxima da população. “Nós começamos a reaproximar o Ministério Público da sociedade, criando condições para que os promotores de Justiça possam tratar das causas de base dos problemas que a sociedade enfrenta, possam escutar mais a sociedade e se aproximar das necessidades das populações”, afirmou.
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Vanessa destacou que o uso de tecnologia tem sido fundamental nesse processo, e explicou que o Ministério Público de Santa Catarina implantou um programa de inteligência artificial para otimizar a rotina dos promotores, liberando tempo na agenda e permitindo maior atuação em campo.
A procuradora-geral também destacou o reforço no enfrentamento ao crime organizado e na prevenção de feminicídios. “Conferimos prioridade total ao combate ao crime organizado, criando cinco promotores de Justiça destinados unicamente à investigação de crimes dessa natureza”, afirmou.
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Ela explicou que a gestão também voltou a atenção para questões de violência de gênero, com foco especial nos casos de feminicídio em Santa Catarina. “Temos preocupação total com o feminicídio no estado. A ideia é um mapa que trace um diagnóstico estadual das causas desse fenômeno, quem são essas mulheres, quem são esses agressores e quais as políticas que precisamos induzir”, disse.
Sobre as ações de prefeituras e do governo estadual voltadas a pessoas em situação de rua, Vanessa defendeu um olhar multidisciplinar. “Não podemos enxergar esse fenômeno com uma única lente. Precisamos envolver saúde, assistência social e segurança pública. O Ministério Público compôs um grupo com 12 promotores de Justiça, sendo seis da área criminal e seis da área de direitos humanos e cidadania, para enxergar a questão sob todos os ângulos”, afirmou.
Ela também abordou os limites legais das internações compulsórias, ressaltando que o procedimento só pode ser adotado mediante avaliação médica que comprove a necessidade da medida, não sendo uma solução aplicável a todos os casos.