Uma associação estaria sendo criada pelo corretor de imóveis Antônio Dias, de 72 anos, para reunir compradores do residencial Parque das Palmeiras, na rua São Paulo, esquina com a rua Galdino de Borba, no bairro Cordeiros, em Itajaí. Segundo conta, já se passaram quase oito anos do prazo estipulado de entrega, mas até hoje ninguém recebeu os imóveis. O corretor ainda acusa o construtor Jorge Alexo de vender o mesmo apartamento para mais de uma pessoa.
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O construtor Jorge, ouvido pelo DIARINHO, confirma o atraso na obra, mas alega que em breve o condomínio será entregue aos compradores e se diz vítima de uma campanha de difamação promovida por Antônio ...
O construtor Jorge, ouvido pelo DIARINHO, confirma o atraso na obra, mas alega que em breve o condomínio será entregue aos compradores e se diz vítima de uma campanha de difamação promovida por Antônio Dias.
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Antônio Dias procurou a reportagem do DIARINHO para anunciar publicamente a criação da Associação dos Mutuários Compradores do Edifício Parque das Palmeiras com a intenção de reunir o maior número de compradores insatisfeitos com a demora na entrega do residencial para fazer uma denúncia coletiva ao Ministério Público. Ele promete ingressar com ações judiciais contra Jorge, proprietário da Pereira e Servo Construtora.
O corretor ainda alega ter descoberto que os mesmos apartamentos estavam sendo vendidos em duplicidade. Ele defende que o grupo de compradores entre na justiça para ocupar o condomínio imediatamente.
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O residencial tem uma torre de 16 andares com 98 apartamentos. “O prédio foi totalmente vendido para entrega em dezembro de 2016, e até a presente data não foi entregue. O prédio já está pronto para morar, mas o dono da construtora não libera e está vendendo em duplicidade os apartamentos”, acusou o corretor.
Jorge Alexo diz que está sendo perseguido
Ao DIARINHO, Jorge rebateu a denúncia afirmando que o corretor Antônio Dias “está infernizando a sua vida” e que dispõe de toda a documentação que comprova que o residencial está quase pronto para ser entregue aos compradores. Jorge nega as acusações de venda em duplicidade e afirma que houve um erro cometido por uma funcionária em casos específicos, mas que todos os casos já foram tratados diretamente com os compradores e resolvidos.
Sobre o atraso de oito anos na entrega, Jorge diz que construiu o prédio com recursos próprios e que precisou vender imóveis para concluir a obra, o que causou o atraso no cronograma inicial. “Fiz toda a construção com recurso próprio, não tem financiamento bancário. Tenho consultório em Cordeiros, atendo no Ruth Cardoso e nunca deixei de responder ninguém no telefone. Eu sou dentista, trabalho no hospital, tenho R$ 7 milhões pra receber dos compradores do prédio e nunca protestei um boleto”, alega.
“Se eu fosse vagabundo deveria ter parado o prédio, sumido e pronto. Eu atendo todo mundo que vem aqui. Eu atendo e falo, o prédio está todo pronto, estamos quase conseguindo as liberações. Esse cara [Antônio Dias] é louco, psicopata. É um maluco, fala para todo mundo que vou fugir para o Paraguai, Uruguai, e eu não vou para lugar algum, trabalho e vivo aqui”, concluiu.