CAFÉ FALSO
Anvisa proíbe três marcas de “café fake” contaminado com toxina perigosa
Produtos continham resíduos e impurezas
Camila Diel [gomescamila18@gmail.com]

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, comercialização e distribuição de três marcas de “pó para preparo de bebida sabor café” após identificar substâncias tóxicas e ingredientes impróprios para o consumo humano. As marcas atingidas são Melissa, Pingo Preto e Oficial, que vinham sendo vendidas como se fossem café tradicional.
A análise foi feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que já havia classificado os produtos como inadequados no fim de março. Os lotes apresentaram presença de ocratoxina A, uma toxina produzida por fungos e considerada prejudicial à saúde. Também foi identificado o uso de grãos crus, resíduos de café, folhas, cascas, pedras e outras impurezas acima do permitido por lei.
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Além da contaminação, os rótulos informavam que os produtos continham “polpa de café” e “café torrado e moído”, o que não era verdade. Segundo a Anvisa, o conteúdo real não correspondia à descrição, enganando o consumidor.
A proibição atinge três empresas fabricantes:
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• Master Blends Indústria de Alimentos Ltda.
• D M Alimentos Ltda. (marca Melissa)
• Jurerê Caffe Comércio de Alimentos Ltda. (marca Pingo Preto)
A Anvisa determinou o recolhimento imediato dos produtos. Nenhuma unidade dessas marcas pode ser vendida, divulgada ou mantida em estoque. As empresas são responsáveis por retirar os produtos do mercado. O consumidor também deve ficar atento e evitar o consumo caso tenha algum desses produtos em casa.
A agência alerta que os produtos apresentaram falhas graves na seleção da matéria-prima, na fabricação e no controle de qualidade. As imagens e informações nos rótulos também foram consideradas enganosas por induzir o consumidor ao erro, ao fazer parecer que se tratava de café, quando, na prática, continham sobras e impurezas.