TEMPORADA

Safra da tainha começa neste feriado para pescadores artesanais

Pela primeira vez, pesca nas praias terá cota de captura com limite de 1,1 mil toneladas

Em BC, são nove ranchos de pesca, três deles na praia Central
(foto: João Batista)
Em BC, são nove ranchos de pesca, três deles na praia Central (foto: João Batista)
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A safra da tainha da temporada 2025 começa nesta quinta-feira para a pesca artesanal nas praias e vai até 31 de julho. Pela primeira vez, a modalidade terá cota de captura em Santa Catarina, com limite de 1,1 mil toneladas. Ainda assim, os pescadores têm boa expectativa, com cardumes já vistos no sul catarinense. Em 2024, foram mais de 1,7 mil toneladas de tainha capturadas no estado.

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Em Balneário Camboriú, terceiro lugar no “tainhômetro” dos ranchos de pesca com mais de 75 mil tainhas capturadas no ano passado, a safra começa com fiscalização e ação de conscientização ...

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Em Balneário Camboriú, terceiro lugar no “tainhômetro” dos ranchos de pesca com mais de 75 mil tainhas capturadas no ano passado, a safra começa com fiscalização e ação de conscientização intensificadas nas praias da cidade. A campanha “Mar de tradição, respeite o pescador” deu largada à proteção da pesca artesanal de tainha, patrimônio cultural imaterial de Balneário Camboriú.

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A safra artesanal rola em nove pontos das praias de BC, com apoio da prefeitura na estruturação dos ranchos. São três pontos na praia Central e os demais nas praias agrestes. Na orla central, os três ranchos nos trechos das ruas 2700, 3700 e 4100, contam cada um com dois contêineres (um com banheiro) e duas tendas de apoio à vigília dos cardumes e para a cozinha. A praia do Pinho tem a mesma estrutura.

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Em BC, são nove ranchos de pesca, três deles na praia Central (Foto: João Batista)

Nas praias agrestes serão instaladas tendas de apoio em Laranjeiras, Taquarinhas, Taquaras, Estaleiro e Estaleirinho. Em Taquarinhas e no Estaleirinho, os ranchos contarão com banheiros químicos. A Fundação Cultural de BC tem convênio com a Colônia de Pescadores Z-7, por meio do qual fornece contêineres para a atividade, tendas, camisetas e materiais de publicidade.

A campanha em apoio à pesca artesanal da tainha tem lançamento na noite desta quarta-feira, no rancho da praia de Taquaras, com entrega de camisetas para os pescadores, banners e placas do projeto. Em BC, cerca de 200 famílias vivem da atividade, declarada por lei como patrimônio cultural imaterial da cidade em 2019.

Fiscalização

Até 31 de julho, a campanha “Mar de tradição, respeite o pescador”, da Fundação Cultural, estará estampada nos contêineres de pesca, redes sociais e materiais distribuídos pela cidade. O objetivo é conscientizar a população sobre as proibições nesta época para que os pescadores possam ter uma boa safra.

Durante a temporada, é proibido o uso de jet-skis, lanchas rebocadoras e barcos motorizados nas praias, pois a barulheira espanta os cardumes. Não é permitida a armação de redes do tipo feiticeira e de malha, nem usar de lanternas cilibrim e fisgas. A fiscalização ficará por conta das secretarias do Meio Ambiente e Segurança Pública.

Empresas náuticas prometeram disponibilizar embarcações para ajudar no monitoramento da orla. Os barcos serão usados pela Guarda Municipal durante a safra, auxiliando o trabalho da Marinha e da Polícia Militar Ambiental nas ações embarcadas. Para ampliar a fiscalização, ainda serão usados drones. Denúncias poderão ser feitas via Central 153.

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O presidente da associação de pescadores artesanais da Praia Central, Ronan Vignoli Pinheiro, disse que vai cobrar as ações da prefeitura pra que a pesca da tainha não seja prejudicada pelas embarcações de lazer. A entidade foi reativada pra defender os interesses da categoria e pretende agregar quem também trabalha nas praias agrestes.

Ronan entende que o turismo é importante pra cidade, mas frisa que a pesca artesanal, que está na origem do município, não pode ser afetada. “Tem toda essa estrutura aqui, tudo muito lindo, mas não adianta nada disso se a fiscalização não fizer a parte dela pra que esse peixe possa entrar, senão nós vamos ficar três meses aqui e não vamos matar nada”, observa.

 

Safra vai dar boa

De acordo com o coordenador de Pesca e Economia Artesanal da Secretaria do Meio Ambiente, Laercio Demetrio, a expectativa para este ano é boa, apesar da preocupação dos pescadores com o limite de captura de 1,1 mil toneladas para Santa Catarina, na modalidade de arrasto de praia, definida pelo governo federal e contestada pelo governo estadual.

“A expectativa é sempre boa. Já temos notícia de peixe navegando para o sul de Santa Catarina. O único receio do pescador mais do norte do Estado é que essa cota seja capturada antes do peixe chegar na nossa região, principalmente para os ranchos da Praia Central e das Praias Agrestes, que são quase os últimos na captura da tainha”, analisa.

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A crença numa boa safra leva em conta captura em 2024, com mais de 75 mil tainhas nos arrastos em BC. No ranking entre os ranchos de pesca do estado, a cidade ficou atrás de Bombinhas (327 mil tainhas) e (Florianópolis (445 mil tainhas). A safra da tainha para barcos de emalhe anilhado começa dia 15 e a da frota industrial, em junho.

Se a temporada for boa, o preço da tainha pode ficar abaixo dos R$ 10 no Mercado do Peixe de Itajaí. Os boxes já contam com o pescado, mas são peixes vindos de capturas no Rio Grande do Sul. A chegada de tainha capturada na região é prevista a partir da segunda quinzena de maio. Os preços atuais no mercado vão de R$ 17,99 a R$ 25 o quilo.

 

Vai ter frio de trazer tainha?

A previsão para os próximos três meses é de temperaturas na média ou acima da média histórica em Santa Catarina, sem influência dos fenômenos El Niño ou La Niña. O coordenador do Laboratório de Climatologia da Univali, Sergey de Araújo, informa que os modelos climáticos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam para variação perto de zero, entre - 0,2°C e 0,2°C, em maio.

“Para junho e julho, há tendência de anomalias positivas, ou seja, acima da média histórica. Para junho de 0,4°C acima e para julho entre 0,4 e 0,6°C acima”, afirma. Em modelo do instituto da universidade de Columbia, a previsão é de variações positivas da temperatura no mesmo período.

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A influência do La Niña, que deixou o tempo mais seco e quente no Sul, acabou em fevereiro, com cenário de neutralidade em março e abril. Nos dados da temperatura da superfície do mar nos dois últimos meses houve variação positiva. “Ou seja, parte do oceano Atlântico está mais quente, o que deve persistir, no mínimo, para maio”, avisa Sergey.

Para o final do outono e no inverno, a partir de 20 de junho, o especialista adianta que haverá aumento de passagens de frentes frias e entradas de massas de ar polar, com períodos de frio como ocorreu nesta semana. A Defesa Civil do Estado prevê ondas de frio intenso no inverno, mas elas devem ser de curta duração. A expectativa pra estação é de dias mais ensolarados, com chance de “veranicos”.




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