Em Balneário Camboriú, o head spa chegou oficialmente no fim de 2024, com a abertura da Zaya Head Spa. A tendência só cresce: em março de 2025, foi a vez da Clínica Rauliani Pauli incluir o serviço no portfólio, reforçando que o cuidado com a mente — e com o couro cabeludo — veio pra ficar.
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Mas afinal, o que é o head spa?
Trata-se de um tratamento estético e terapêutico que foca na região do couro cabeludo, rosto, pescoço e colo. Os principais objetivos são o relaxamento profundo, o tratamento capilar e os cuidados com a pele.
Durante o head spa, a pessoa deita-se numa maca enquanto o couro cabeludo é lavado e esfoliado. Em seguida, são aplicados produtos específicos para tratamento capilar, acompanhados de massagens relaxantes no couro cabeludo, rosto e pescoço. A experiência ainda pode englobar luzes suaves, música tranquila e aromaterapia, criando uma experiência sensorial completa.
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É #TREND no TikTok!
A reportagem do DIARINHO chegou ao head spa da clínica Rauliani Pauli por onde tudo começou: o TikTok. A clínica criou um perfil exclusivo para divulgar o novo procedimento e apostou nas redes sociais como vitrine. Em menos de um mês, dois vídeos viralizaram, alcançando 75 mil e 63,2 mil visualizações.
“Ele [o head spa] já existe no Japão há 20 anos. Se é uma tendência que veio pra ficar? Eu acredito que sim. Pode até ser uma trend agora, está em alta com os vídeos, mas acho que veio pra ficar, sim, porque os benefícios são grandes”, afirma a farmacêutica Rauliani Pauli, proprietária da clínica.
Ela destaca ainda o que mais atrai o público nos vídeos: “Acho que o que chama muita atenção são os sons. O vídeo transmite uma sensação de bem-estar — e muita gente está precisando disso”.
Na Clínica Rauliani Pauli, o tratamento custa a partir de R$ 329 e tem duração média de 1h30 a 2h.
O paradoxo por trás do mercado do bem-estar
O mercado global de wellness deve crescer 57% e ultrapassar R$ 48,6 trilhões até 2027, segundo o Global Wellness Institute. Em 2017, esse valor era de R$ 24,8 trilhões. Apesar da expansão, os índices de saúde mental seguem críticos. Em 2019, a OMS apontou o Brasil como o país mais afetado por distúrbios relacionados ao estresse.
Já em 2024, a pesquisa Covitel revelou que 56 milhões de brasileiros — o que equivale a 26,8% da população — sofrem com algum grau de transtorno psíquico. No mesmo ano, o SUS registrou mais de 671 mil atendimentos por ansiedade, alta de 14,3% em relação a 2023.
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Seja por instabilidade econômica, polarização política, incertezas globais, conflitos armados, insegurança pública ou tensões no ambiente digital, práticas como o head spa ganham força justamente por oferecerem momentos de alívio, relaxamento e autocuidado num cotidiano cada vez mais sobrecarregado — ainda que não substituam abordagens mais profundas e estruturadas para a saúde mental.