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Com 16 votos favoráveis, a alteração que atesta que o primeiro prefeito de Balneário Camboriú foi assassinado por militares, foi aprovada na sessão desta quarta-feira.

Com 16 votos favoráveis, a alteração que atesta que o primeiro prefeito de Balneário Camboriú foi assassinado por militares, foi aprovada na sessão desta quarta-feira.

A proposta vai corrigir as atas de 1969, que registraram de forma fraudulenta a versão oficial da morte de Pio, à época relacionada a suicídio.

Conforme amplamente divulgado e confirmado pelo relatório da Comissão da Verdade, Higino João Pio foi, na verdade, vítima de assassinato durante a ditadura militar, dentro de uma unidade militar da marinha.

Em importante avanço para a reparação histórica, a família do ex-prefeito, o primeiro eleito de Balneário Camboriú, recebeu na última segunda-feira a certidão de óbito retificada, emitida pelo cartório, que agora registra a morte de Pio como “causada pelo Estado brasileiro”.

A retificação das atas e a atualização da certidão representam um marco para o reconhecimento da verdade histórica e para a reparação dos danos causados à família e à sociedade de Balneário Camboriú.

As atas do legislativo que precisam ser corrigidas datam de 11 de março de 1969 (página 51) e 10 de outubro de 1969 (página 27). Após a correção, os documentos serão entregues aos familiares em uma sessão solene de homenagem ao ex-prefeito, marcada para segunda-feira, 31 de março, às 19h, no plenário Vereador Walter Eilers.

Memorial

No aniversário de BC, em 20 de julho deste ano, os restos mortais de Higino, da esposa e do filho falecido devem ser levados do cemitério de Itajaí para o cemitério da Barra, onde haverá uma homenagem com memorial para o ex-prefeito que fundou o cemitério no bairro.