Santa Catarina

Juíza que tentou impedir menina estuprada de abortar recebe pena de censura

Juíza Joana Ribeiro foi julgada Conselho Nacional de Justiça

Caso teve repercussão nacional pela conduta da juíza na audiência. Foto: Arquivo/Alesc
Caso teve repercussão nacional pela conduta da juíza na audiência. Foto: Arquivo/Alesc

A juíza Joana Ribeiro, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), recebeu a pena de censura em julgamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta semana, pela conduta num processo de 2022, quando tentou convencer uma menina de 10 anos que foi estuprada a não fazer o aborto. O caso foi em Tijucas. A magistrada foi punida em votação unânime do plenário. 

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A família da vítima tinha procurado a justiça para que a menina fizesse o aborto, conforme prevê a lei no Brasil, mas a magistrada tentou, durante o julgamento, convencê-la a ter o bebê, além de ...

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A família da vítima tinha procurado a justiça para que a menina fizesse o aborto, conforme prevê a lei no Brasil, mas a magistrada tentou, durante o julgamento, convencê-la a ter o bebê, além de manter a menina por um mês num abrigo, retardando o procedimento, mesmo após autorização do juiz criminal da comarca. 

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O conselheiro Bandeira de Mello, relator do caso, destacou em seu parecer que a juíza atuou de maneira incompatível e desvirtuou a finalidade da audiência, “que se limitava à apreciação da necessidade de medida protetiva da menina, e terminou por submeter a menor e sua família a questionamentos que extrapolaram os limites da atuação judicial, caracterizando constrangimento indevido”. 

Por decisão da juíza, a menina, que estava com uma gestação de 22 semanas e três dias, foi mantida num abrigo por cerca de um mês, o que tardou o procedimento de aborto legal, que já estava autorizado pela justiça. 

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 “O que choca em particular nessa audiência é a tentativa da magistrada de humanizar a situação de gravidez decorrente de estupro. É aí que a magistrada derrapa. Ela até podia estar tentando buscar garantir a proteção do feto, mas deixou os valores pessoais e deixou de lado os interesses da menor, uma menina de 10 anos, vítima de estupro”, completou Bandeira.

O caso ganhou repercussão nacional quando trechos da audiência foram divulgados pelo site The Intercept, em que a juíza chega a perguntar se a menina “suportaria mais um pouquinho” a gravidez.

A defesa da magistrada alegou no julgamento no CNJ não ter havido abuso de poder. “Foi a exposição midiática que causou um problema familiar, e a juíza teria encaminhado a menor parao abrigo para preservá-la”, informou o advogado. 




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