Após identificar "falhas insanáveis" no edital de licitação, a prefeitura de Balneário Camboriú cancelou o processo de concessão do estádio municipal Eduardo Zeferino, no bairro das Nações. A decisão foi publicada no Diário Oficial na última quinta-feira e se baseou na ausência de estudos técnicos, de viabilidade econômico-financeira e na falta de garantias para a construção da pista de atletismo.
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O diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes, Diogo Catafesta, reforçou a importância do planejamento e do diálogo com a comunidade. "A prefeita Juliana, ainda como vereadora, já alertava ...
O diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes, Diogo Catafesta, reforçou a importância do planejamento e do diálogo com a comunidade. "A prefeita Juliana, ainda como vereadora, já alertava sobre a necessidade de um estudo técnico e financeiro sólido antes de qualquer licitação. Precisamos ouvir a população e garantir que o estádio das Nações atenda às necessidades dos moradores e atletas. Além disso, a licitação não assegurava a construção da pista de atletismo e foi lançada sem considerar a conclusão do binário da avenida Martin Luther, o que impactaria diretamente a mobilidade urbana da região", afirmou.
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A ausência de um projeto detalhado e a pressa na abertura do edital comprometeram a transparência e a viabilidade do processo. "Infelizmente, herdamos uma licitação precipitada da gestão anterior, sem um estudo técnico adequado. O edital não tinha condições mínimas para garantir a execução do projeto como deveria. Agora, estamos corrigindo essas falhas para estruturar um planejamento adequado ao estádio", explicou Leocádio Giacomello, secretário de Compras e Patrimônio de BC.
Um novo edital será lançado no segundo semestre de 2025, após a conclusão das obras na avenida Martin Luther. Também haverá definição de um novo local para a pista de atletismo e a realização de audiência pública para discutir a proposta com a comunidade da região norte da cidade.
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Sobre a licitação
A concessão do estádio das Nações teria duração de 20 anos, renováveis por igual período, abrangendo uma área de 27.264 m². O valor de locação foi fixado em R$ 2 por metro quadrado, resultando em um contrato referencial de R$ 13 milhões.
A modalidade escolhida foi o leilão eletrônico. Entre as obrigações do concessionário estavam a revitalização do estádio, sua gestão comercial e a manutenção da infraestrutura. A licitação foi aberta em 12 de dezembro, recebendo apenas uma proposta, do consórcio Arena Camboriú. No dia 27 de dezembro, a comissão de licitação inabilitou o consórcio por critérios técnicos.
O objetivo do município era que o estádio recebesse, além de eventos esportivos, shows de artistas nacionais e internacionais, eventos comunitários, restaurantes, quiosques e estacionamento.