Moradores de ruas praticamente se instalaram “de mala e cuia” na praia central de Barra Velha – com direito a instalação de barracas e uso dos chuveiros e banheiros públicos da orla – causando muita confusão e bebedeira no local. A denúncia é da comerciante Petulia Rodriguez, que se valeu das redes sociais para lamentar a situação – e despertou outras manifestações de pessoas indignadas.
Em geral, usuários de álcool e drogas, os moradores vêm ameaçando turistas, veranistas e moradores na avenida beira-mar de Barra Velha – trecho entre as praias da Península e das Canoas. Mas há reclamações ainda nas vias centrais da cidade, e nas ...
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Em geral, usuários de álcool e drogas, os moradores vêm ameaçando turistas, veranistas e moradores na avenida beira-mar de Barra Velha – trecho entre as praias da Península e das Canoas. Mas há reclamações ainda nas vias centrais da cidade, e nas praias de Itajuba e do Tabuleiro também.
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Nesta semana, Petúlia gravou a briga de pelo menos seis moradores de rua na areia – eles se empurram, gritam uns com os outros e chegam a ameaçar também pedestres e banhistas. No vídeo, alguém chega a pedir para um menino sair de perto dos mendigos.
A gravação mostra ainda um morador de rua empurrando o outro, mandando-o sair do local, e palavrões. “Nosso receio é que eles se agridam a ponto de acontecer uma facada, uma pedrada, algo assim. Ou até atingir quem está na praia ou caminhando na orla”, comentou a servidora pública R. A. ao DIARINHO. “A beira-mar ficou perigosa com esse bando e ninguém aguenta mais. Eles têm o direito de ir e vir, tudo certo. Mas e o nosso direito?”, observa.
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Petúlia, que tem comércio de artesanatos e bijuterias à beira-mar, diz que o problema é diário, e há falta de policiamento. Como há estrutura de banheiros e chuveiro nas imediações, eles optaram por se instalar ali.
Uma professora que sempre caminha à beira-mar também relatou ter desviado de mendigos no trajeto próximo à arena do futebol de areia, na praia central. “Tive de atravessar a rua, pois vieram para cima de mim. Eles provocam, atrapalham os comerciantes das petisqueiras e quiosques”, denunciou a professora.
O DIARINHO pediu um posicionamento da Assistência Social da Prefeitura. O secretário Idemar Trevisani destacou que dispõe de dois servidores públicos e uma assistente social para monitoramento e orientação, mas concordou que a situação é “complexa”.
“Estamos fazendo abordagens diárias aos moradores de rua, incluindo em períodos noturnos. Mas a maior parte não aceita mudar. Poucos deles conseguimos encaminhar para cidades de origem ou fazer sair dessa situação”, observou Idemar. O secretário solicitou à prefeitura a ampliação dessa equipe de abordagem.