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Série da Netflix sobre Senna divide opiniões, bomba e gera "boicote"
História do brasileiro tricampeão de Fórmula 1 foi retratada em seis episódios
Anderson Davi [editores@diarinho.com.br]
A série da Netflix sobre o piloto brasileiro Ayrton Senna chegou ao streaming na última sexta-feira e tem dividido opiniões. Uma semana após a estreia, a série de seis episódios lidera o ranking da plataforma no Brasil e entrou no top 10 mundial.
O ator Gabriel Leone interpreta Senna na produção, que passa pela história de Ayrton do começo no kart, a chegada ao automobilismo na Europa, até estrear na Fórmula 1 em 1984. A série traz o contexto social do Brasil pós-ditadura e a forma como Senna se tornou um ídolo do país pelo sucesso no esporte.
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Algumas das passagens mais históricas do tricampeão estão na tela, como os embates com o francês Alain Prost, maior rival e companheiro de McLaren, e a primeira vitória no Brasil, em 1991, ano em que foi tricampeão mundial. Após a conquista, a série pula os anos de 1992 e 1993, até chegar ao último final de semana de vida de Senna, em 1994. Na corrida de Ímola, na Itália, o piloto morreu ao bater na curva Tamburello, um dia após o austríaco Roland Ratzenberg morrer na pista. “Achei que foi um bom resumo da história e fiquei impressionado com a qualidade das simulações de corrida, a melhor coisa que eu já vi. Para as novas gerações acho que é obrigatório, devíamos colocar isso no currículo escolar. Tem matemática, português e a série do Senna”, comenta o jornalista Jean Pablo Cardoso, especialista em Fórmula 1.
Jean reforça o que fez de Senna um ídolo nacional. “Os ídolos de hoje não conseguem ou nem querem, na sua maioria, passar alguma mensagem positiva para os jovens. Seja superação, ou fazer a coisa correta. Senna tem tudo isso”, completa.
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Ignoraram grande amor
A polêmica da série envolve a ex-namorada de Ayrton, Adriane Galisteu, e conta com participação da família de Senna, que solicitou à Netflix que a última namorada, com quem conviveu por mais de um ano, sequer fosse citada. Após negociações, a produtora incluiu Galisteu em pouco mais de dois minutos em cena, enquanto Xuxa, outra ex-namorada, ganhou destaque no capítulo chamado “Paixão”.
Muitos internautas deram início a um boicote a série pela diferença de tratamento dado às duas. Em suas redes, Galisteu se manifestou sobre o caso e elogiou a série. “Todas as homenagens, sejam elas em forma de livro, filme, DVD, série, minissérie, são todas maravilhosas, merecidas e muitos bem-feitas. Nós temos a obrigação de perpetuar a história do Ayrton pra todas as gerações. Sou a primeira a ver, a primeira a aplaudir, a me emocionar, e dizer que a história dele tem que ser contada”, disse, deixando no ar ainda a possibilidade de contar a sua história com Ayrton de uma nova forma, além do livro já lançado por ela após a morte dele.