Cinco pessoas foram presas nessa terça-feira sob a acusação de integrarem uma organização criminosa que, em 2022, teria planejado um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após a posse de Lula, o grupo teria mudado o foco para sequestrar e assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ...
Após a posse de Lula, o grupo teria mudado o foco para sequestrar e assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A Polícia Federal fez buscas e apreensões contra os criminsos. De acordo com a PF, o grupo elaborou o plano “Punhal Verde e Amarelo” em 2022. Como parte das medidas cautelares, os cinco acusados tiveram os passaportes retidos, estão proibidos de deixar o país e foram suspensos de exercer funções públicas.
“Kids Pretos”
Eles são identificados como integrantes de uma facção chamada “Kids Pretos”, formada por militares especializados em operações sigilosas. A investigação aponta que o plano foi discutido em uma reunião na casa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, em 12 de novembro de 2022. Segundo a PF, desde essa data, Moraes passou a ser espionado.
Dentro do Planalto
O plano “Punhal Verde e Amarelo” foi impresso duas vezes em novembro e dezembro de 2022 no Palácio do Planalto, durante a gestão de Jair Bolsonaro. A impressão foi feita pelo general Mário Fernandes em uma impressora oficial do governo. Na ocasião, os celulares de Rafael Martins de Oliveira e Mauro Cesar Cid foram rastreados na região do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada.
O documento detalhava métodos para envenenar ou usar substâncias químicas para causar um colapso orgânico em Lula, identificado no plano pelo codinome “Jeca”. Geraldo Alckmin era chamado de “Joca” e Moraes, de “Professora”.
Havia ainda informações sobre a rotina e os aparatos de segurança de Moraes, como veículos blindados e horários, além de um arsenal descrito como necessário para capturá-lo: metralhadoras, fuzis, pistolas e lança-granadas. O plano também considerava o uso de explosivos ou envenenamento para assassiná-lo.
Presos
• Mário Fernandes, general de brigada da reserva e ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL).
• Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, oficial do Exército.
• Major Rodrigo Bezerra Azevedo, oficial do Exército com treinamento avançado.
• Major Rafael Martins de Oliveira, também ligado às Forças Armadas.
• Policial federal Wladimir Matos Soares.